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Seis pessoas com cargos no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, antes de 2007, sacaram pelo menos 90% dos salários que receberam quando se tornaram, anos depois, assessores de Flávio e Carlos Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e na Câmara Municipal do Rio, respectivamente. Elas ganharam R$ 1,58 milhão e retiraram, em dinheiro vivo, pelo menos R$ 1,41 milhão. O escândalo da "rachadinha" aproxima-se cada dia mais do presidente da República. 

O Judiciário quebrou o sigilo bancário dos seis funcionários no âmbito da investigação sobre "rachadinha" no gabinete de Flávio Bolsonaro (Republicanos) quando o parlamentar ocupava um cargo na Alerj antes de ser eleito para o Senado. 

De acordo com o portal Uol, do grupo de seis ex-assessores, pelo menos quatro têm algum grau de parentesco com Jair Bolsonaro ou com uma de suas ex-mulheres. Uma é Juliana Siqueira Guimarães Vargas, prima de Ana Cristina Siqueira Valle, segunda ex-mulher de Bolsonaro. 

Juliana passou trabalhou na Câmara dos Deputados, entre 1999 e 2003. Depois foi trabalhar com Flávio Bolsonaro na Alerj, onde ficou por oito anos, até 2011. Entre 2007 e 2011, Juliana recebeu R$ 326 mil da Alerj, entre salários e benefícios. Sacou pelo menos R$ 244 mil (75%).

Entre os ex-assessores também estão os dois primeiros sogros de Bolsonaro: João Garcia Braga, pai de Rogéria Bolsonaro, primeira mulher do atual presidente, e José da Silva Valle, pai de Ana Cristina. Na lista, ainda está Marselle Lopes Marques, amiga de Ana Cristina.

Os três - João Garcia, José da Silva e Marselle - começaram trabalhando com Jair, na Câmara de Deputados, e foram para o gabinete de Flávio, na Alerj. O percentual de saques de salários é acima de 90%, nos três casos.

O advogado que representa Ana Cristina afirmou que a "defesa não vai se manifestar tendo em vista o sigilo do processo". "No entanto, como já informado anteriormente, não podemos deixar de repudiar o vazamento de tais informações que foram consideradas nulas pelo Superior Tribunal de Justiça".

Em nota, Frederick Wassef, advogado de Flávio Bolsonaro, afirmou que o parlamentar "nunca monitorou os hábitos financeiros e de consumo dos servidores que trabalharam em seu gabinete na Alerj". "A forma como administravam as próprias contas era responsabilidade apenas deles. Seria no mínimo absurdo o parlamentar fazer tal tipo de controle e, portanto, não passa de fantasia a ideia de que houve rachadinha em seu gabinete".

Investigações

O Ministério Público do Rio (MP-RJ) investiga o senador Flávio Bolsonaro por causa de um esquema de rachadinha na Alerj. O parlamentar foi denunciado pelo órgão junto com o ex-assessor Fabrício Queiroz, preso em junho do ano passado em Atibaia (SP), onde estava escondido num imóvel pertencente ao advogado Frederick Wassef.

Flávio e Queiroz são acusados de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, foi oferecida à Justiça do Rio em 19 de outubro. 

Policial Militar aposentado, Queiroz é acusado de movimentar R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira considerada "atípica", segundo relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf). O ex-assessor deve seguir em prisão domiciliar

No dia 16 deste mês, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) definiu que não há ilegalidade na forma e amplitude como o Coaf compartilhou dados fiscais sigilosos do senador com o MP-RJ. A operação da Coaf foi fundamental para a abertura da investigação das rachadinhas.

A denúncia do MP-RJ ainda será analisada pelo Órgão Especial do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), segunda instância que trata de casos dos deputados.

 Com



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