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compra superfaturada da vacina Covaxin, que pode se tornar o maior escândalo do governo Bolsonaro na pandemia, foi a única para a qual houve um intermediário, a empresa Precisa. O preço da compra foi 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela própria fabricante. Todas as demais foram negociadas diretamente com os fabricantes. 

Uma das sócias da Precisa está envolvida com um escândalo de mais de R$ 20 milhões, do período em que o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros ( PP), foi ministro da Saúde, no governo Temer (2016-2018). 

Segundo um servidor do Ministério da Saúde ao Ministério Público, houve “pressões anormais” para a compra da vacina, com “mensagens de texto, e-mails, telefonemas, pedidos de reuniões” fora de seu horário de expediente, em sábados e domingos. O depoimento está em poder da CPI, segundo  reportagem de Julia Affonso, publicada no jornal Estado de S. Paulo.

O servidor do Ministério da Saúde assegurou que esse tipo de postura não ocorreu em relação a nenhuma das outras vacinas. O coordenador-geral de Aquisições de Insumos Estratégicos para Saúde do Ministério da Saúde, Alex Lial Marinho, foi apontado pelo funcionário do Ministério da Saúde como o responsável pela pressão.

A Precisa está na mira da CPI da Covid, que na semana passada autorizou a quebra dos sigilos telefônico, telemático, fiscal e bancário de um de seus sócios, Francisco Maximiano. O depoimento do empresário na comissão está marcado para esta quarta-feira (23). 

Os senadores querem saber a razão de a compra da Covaxin ter sido intermediada pela Precisa, que em agosto foi alvo do Ministério Público do Distrito Federal sob acusação de fraude na venda de testes rápidos para Covid-19. Na ocasião, a cúpula da Secretaria de Saúde do governo do DF foi denunciada sob acusação de ter favorecido a empresa em um contrato de R$ 21 milhões.

A Precisa tem como sócia uma outra empresa que é  conhecida por irregularidades envolvendo o Ministério da Saúde – a Global Gestão em Saúde S. A. Ela é alvo de ação na Justiça Federal do DF por ter recebido R$ 20 milhões da pasta para fornecer remédios que nunca foram entregues. O negócio foi feito em 2017, quando o ministro da Saúde era exatamente o deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), do Centrão. Passados mais de três anos, o ministério diz que ainda negocia o ressarcimento.


 Com




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