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    por: Felipe Nunes 

A pouco mais de 1 ano para as eleições do próximo ano, os primeiros nomes cotados para as chapas que vão disputar o pleito já começam a ser discutidos. Embora a pandemia esteja no discurso das autoridades como a principal pauta, as articulações políticas não param e já ocorrem explicitamente em algumas ocasiões.

Do lado governista, João Azevêdo (Cidadania), é naturalmente candidato a reeleição no pleito do próximo ano, já tendo dito isso em diversas declarações. A composição da chapa, entretanto, ainda é uma incógnita. O governador terá de escolher, além de um vice, o candidato ao Senado que vai representá-lo na disputa.

E alguns nomes já estão postos: o deputado federal e coordenador da bancada da Paraíba, Efraim Filho (DEM), foi o primeiro a colocar seu nome como opção para o Senado Federal na chapa governista, já tendo comunicado isso ao governador. Segundo ele, já conta com o apoio de mais de 100 prefeitos do estado, sendo o último desses apoios, o da prefeita de Bayeux, Luciene Gomes (PDT).

Por outro lado, começa a ganhar força o nome do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP), alinhado politicamente ao prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), aliado do governador. Recentemente, estiveram juntos em uma agenda institucional, em Santa Rita, o que aumentou ainda mais a especulação, muito embora as articulações ainda estejam no campo do bastidor.

Apesar disso, também existe a possibilidade de candidatura da senadora Daniella Ribeiro (PP), irmã de Aguinaldo, ao Governo do Estado, tese apoiada por muitos de seus correligionários. Assim sendo, o grupo teria que encontrar uma equação para 2022.

Aliados de primeira hora do governador João Azevêdo também reivindicam espaço na chapa majoritária do próximo ano, a exemplo do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), o deputado Adriano Galdino (PSB). Neste caso, poderia figurar como candidato a vice-governador, espaço que também é lembrado para a secretária de estado, Ana Cláudia Vital do Rêgo (Podemos), esposa do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB).

Oposição 

Pela oposição, pelo menos dois nomes estão colocados para a disputa ao Governo do Estado: o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) e o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD). Pertencentes ao mesmo grupo, defendem linhas de pensamento parecidas, com críticas ao estilo de João Azevêdo de governar o estado. Por outro lado, enquanto Romero Rodrigues é mais alinhado ao presidente Jair Bolsonaro, Pedro tem um tom mais crítico ao Governo Federal. Essa deve ser uma das divergências a serem vencidas no campo da oposição, em busca da unidade.

Outros nomes do grupo oposicionista, mais alinhados ao presidente Bolsonaro, também participam das discussões, a exemplo do presidente estadual do Patriota, Wallber Virgolino, e do deputado estadual Gilberto Silva (PSL). Eles defendem um nome de consenso para representar o grupo, muito embora enfatizem a vontade do presidente da República. Neste fim de semana, Gilberto Silva, que é líder da oposição na Assembleia, destacou: “Estamos unidos sim, a oposição sairá unida e vou trabalhar para isso”, confirmou.

O apresentador Nilvan Ferreira, presidente estadual do PTB, também apoia um nome ligado a Bolsonaro em 2022, tanto em relação ao Governo do Estado quanto ao Senado. A grande pergunta é saber se oposição conseguirá, com uma linha de pensamentos que navega do centro para a direita, convergir em nomes que unam o grupo.

Senado

Em relação ao Senado, o líder da oposição, Gilberto Silva, enfatizou que o candidato ao Senado do grupo deve ser alguém que ainda não teve a oportunidade de estar no mandato em Brasília. “Irei votar em um nome novo, que venha de Brasília, pois é um cargo importante e precisamos de senadores alinhados ao presidente Bolsonaro. Não irei votar em senador que já teve a oportunidade de fazer algo e não fez. Não vou votar em senador que está agarrado ao Governo da Paraíba”, acrescentou.

Para o Senado, são lembrados nomes de Cássio Cunha Lima (PSDB), que já exerceu o cargo de senador e governador e na última sexta-feira (11) publicou um vídeo nas redes sociais, com um trecho do seu guia eleitoral na eleição de 2010, quando foi eleito para este cargo.

O ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), também pode se colocar na disputa, inclusive já sinalizou que pretende disputar um mandato no próximo ano. Apesar de ter se aliado a Romero na disputa eleição de 2018, quando seu irmão disputou o governo do estado, em declarações recentes sinalizou que pode se agrupar novamente à esquerda. Ele fez, inclusive, elogios ao ex-presidente Lula (PT).

Além deles, são lembrados o nome do pastor da Igreja Cidade Viva, Sérgio Queiroz, auxiliar do presidente Jair Bolsonaro em Brasília, e o assessor do Banco do Nordeste, Bruno Roberto, que é filho do deputado Wellington Roberto (PL). Este último, inclusive, já bateu o martelo para entrar na disputa ao Senado.

Oposição de esquerda 

Mesmo estando inelegível após decisões recentes da Justiça Eleitoral e do Tribunal de Contas, o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) tem dito que disputará um mandato de senador nas eleições do próximo ano. Antes aliado e mentor político de João Azevêdo, hoje faz oposição ao Governo do Estado, alegando que o projeto implantado por ele teria sido desfeito na Paraíba. Ele espera contar com a esquerda mais alinhada à retórica do ex-presidente Lula (PT), que deve ser candidato a presidente da República no próximo ano.

Embora fragilizado pelo desenrolar da Operação Calvário, alguns nomes do PSB são apontados como prováveis candidatos ao governo do estado, a exemplo das deputadas estaduais Cida Ramos e Estelizabel Bezerra.

Todo o cenário construído até este momento, no entanto, carece de amadurecimento. O diálogo continuará a ser feito em todos os lados, na busca por consensos e espaços, antes de qualquer definição. A pandemia da Covid-19 e possíveis alterações na legislação eleitoral, a partir do Congresso Nacional, também podem influenciar as composições.

foto ilustrativa
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