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Senador Renan Calheiros (MDB-AL)

O senador Renan Calheiros, relator da CPI da Covid, classificou como "criminosas" as declarações do secretário-geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, contra o deputado Luis Miranda, que denunciou o escândalo de corrupção na compra da vacina Covaxin. 

Em entrevista à Globonews, Calheiros disse que a fala do ministro "interfere nas investigações" e "coage testemunhas". "São fatos gravíssimos, que precisam ser apurados, investigados. Uma coisa gravíssima, sobre todos os aspectos. Essa declaração do secretário-geral da Presidência da República é uma declaração criminosa, porque interfere no Poder, interfere na investigação, coage a testemunha. Nós vamos convocá-lo, como consequência de tudo isso, e se ele continuar a coagir a testemunha, nós vamos requisitar a prisão dele. Para que essa gente entenda que é preciso respeitar a instituição da CPI", afirmou o relator da CPI da Covid. 

Segundo Renan, a CPI não vai se guiar por intimidação e provocação. "Nós temos sido diariamente vítimas disso. Esta última, do Secretário-Geral Onyx Lorenzoni, é um horror do ponto de vista do que tudo isso tudo significa e da maneira que eles querem intervir na investigação, coagindo a testemunha. Isso é um crime, um crime, e ele tem que ser responsabilizado por isso. A primeira responsabilização será sua convocação imediata para a CPI", afirmou. 

Em pronunciamento, o ministro Onyx Lorenzoni afirmou que o Planalto determinou investigação por denúncia caluniosa e perícia dos documentos entregues a Jair Bolsonaro pelo deputado e seu irmão, servidor do Ministério da Saúde. “O senhor não vai só se entender com Deus, não. Vai se entender com a gente”, ameaçou Onyx. 

O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou que áudios e mensagens encaminhadas a interlocutores de Jair Bolsonaro comprovariam a pressão em cima de Luis Ricardo Miranda, irmão do parlamentar e chefe de importação do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde. A pressão tinha como objetivo a compra da vacina indiana Covaxin. 

Em entrevista à CNN no início desta tarde, o parlamentar relatou ter informado Jair Bolsonaro pessoalmente, em um encontro no Palácio da Alvorada no dia 20 de março, um sábado, junto com seu irmão, Luis Ricardo Miranda. No início da semana, afirmou ter indagado o "adjunto" do presidente sobre o assunto.

Ao site Metrópoles, o deputado disponibilizou as mensagens encaminhadas ao secretário de Bolsonaro com os alertas de uma possível corrupção na pasta. O nome do militar foi preservado a pedido do congressista. 

"Avise ao PR [presidente da República] que está rolando um esquema de corrupção pesado na aquisição das vacinas dentro do Ministério da Saúde. Tenho provas e as testemunhas. Sacanagem da porra… a pressão toda sobre o presidente e esses ‘FDPs’ roubando”, escreveu o parlamentar às 12h55 do dia 20 de março. O auxiliar de Bolsonaro respondeu com uma Bandeira Nacional.

 Com




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