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 Em média, a fatura da eletricidade ficará 6,78% mais cara. Governo alega que o aumento é resultado da grave crise hídrica

(crédito: Ronaldo de Oliveira/CB)

Por FERNANDA STRICKLAND

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu o novo valor da tarifa extra da energia elétrica. A partir de 1º de setembro, a bandeira vermelha passará para R$ 14,20 a cada 100KWh, ante os atuais R$ 9,49 — um aumento de 49,6%. Com isso, em média, a conta de luz ficará 6,78% mais cara. A vigência da nova tarifa vai até abril de 2022.

Segundo a Aneel, o país está passando pela pior seca dos últimos 91 anos, o que obrigou que o sistema de geração de energia tivesse ajuda de usinas termelétricas, cujo custo de operação é bem mais alto e poluente. O Brasil também está importando energia de países vizinhos, em dólar.

"Tendo em vista o deficit de arrecadação já existente, superior a R$ 5 bilhões, e os altos custos verificados, destacadamente de geração termelétrica, foi aprovada determinação para que a Aneel implemente o patamar específico da Bandeira Tarifária, intitulado ‘Escassez Hídrica’, no valor de R$ 14,20 / kWh”, anunciou André Pepitone, diretor-geral da Aneel.

O novo reajuste da conta de luz dará um choque no orçamento das famílias, que já está impactado pela inflação em disparada. Os consumidores estão tendo de cortar produtos básicos para bancar a fatura da energia. Muitos, no entanto, estão caindo na inadimplência.

Segundo a Aneel, somente os cidadãos de baixa renda beneficiados pela tarifa social não serão afetados pelas novas regras da bandeira tarifária, sendo mantido o valor atual. As bandeiras —verde, amarela e vermelha— constam da conta de luz e servem para indicar a necessidade de se reduzir o consumo. Do contrário, o cliente paga mais.

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