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 ornalista criticou os abusos cometidos pela Lava Jato e defendeu punições severas a corruptos e, especialmente, a Sergio Moro e Deltan Dallagnol. Para ela, Moro e Dallagnol cometeram crimes ainda mais graves. Assista na TV 247

Cynara Menezes, Deltan Dallagnol e Sergio Moro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABr)

A jornalista Cynara Menezes, em entrevista à TV 247, criticou os abusos cometidos pela Operação Lava Jato e defendeu punições severas aos corruptos e, especialmente, a Sergio Moro e Deltan Dallagnol. Os crimes da própria Lava Jato, afirmou à jornalista, são ainda mais graves, já que constituem “crimes contra a nação”.

Segundo Cynara, o espírito punitivista da Lava Jato levou a prisões midiáticas, como a do ex-governador Sérgio Cabral, quando ele já estava sob os cuidados do Estado. Ela atribuiu o espetáculo da prisão de Cabral ao fato de que ele não delatou o ex-presidente Lula, principal alvo da Lava Jato. 

“Se o Sérgio Cabral tivesse feito algum tipo de delação envolvesse o Lula, ele não estaria nessa situação”, afirmou a jornalista. “Se o Sérgio Cabral tivesse delatado o Lula, não teriam colocado correntes nos braços e pés dele e ele não estaria condenado a 342 anos de prisão”.

Menezes defendeu punições severas a corruptos, que vão além de prisões e pequenas multas. “A minha posição sobre corrupção é que o corrupto fique pobre e que passe a se sustentar com seu próprio dinheiro. Ou seja, preste serviços à sociedade. Não sou a favor de prisão. Não sacia a minha sede de justiça ver um corrupto preso, mas sim ver um corrupto pobre, tendo que trabalhar para ganhar a vida -- o que não acontece. Todos os delatores da Lava Jato saíram ricos da prisão ou mais ricos do que entraram. Que tipo de punição é essa? Você quer que uma pessoa que roubou o povo continue rica? É uma desvirtuação da noção de justiça”, disse. “Tinham que ser multados. Um corrupto deve sofrer uma multa pecuniária altíssima”. 

Moro e Dallagnol

A jornalista citou as recentes decisões judiciais favoráveis a Lula, que obteve 19 vitórias na Justiça contra a Lava Jato. A última vitória judicial de Lula aconteceu nesta semana, após a juíza federal Maria Carolina Ayoub, da 9ª Vara Federal de São Paulo, arquivar o processo aberto contra o petista pela suspeita de tráfico de influência internacional e corrupção para beneficiar a construtora OAS. A decisão veio justamente 5 anos após o famoso powerpoint de Deltan Dallagnol, em que o antigo coordenador da extinta força-tarefa da operação apontava Lula como a cabeça por trás de todos os esquemas de corrupção investigados.

Para ela, a perseguição contra Lula promovida por Dallagnol e Moro constitui um caso de “crime contra a nação” e “não pode ficar impune”. “No caso do Deltan Dallagnol e do Sergio Moro, eles deveriam ser julgados por alta traição. É o que aconteceria se eles tivessem nos Estados Unidos. Eles destruíram todo um setor da economia em benefício de empresas estrangeiras. Isso é alta traição nos Estados Unidos. Eles destruíram a constituição civil brasileira. Isso não é correto e não pode ficar impune. Com sorte, a gente ainda vai ver Moro e Dallagnol pagando pelos seus crimes. Eles cometeram crimes contra a nação”, completou. 





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