AFP
Médios da Câmara Técnica Assessora e Imunização Covid-19, que
aconselham o Ministério da Saúde, cogitam deixar a comissão caso a pasta não
volte atrás na decisão de interromper a vacinação de adolescentes de 12 a 17
anos. As informações são da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo.
Nesta sexta (17), durante uma reunião virtual, especialistas
e membros de sociedades e conselhos de medicina que compõem a câmara, assim
como representantes das secretarias estaduais e municipais de saúde rechaçaram
com unanimidade a decisão do ministro Marcelo Queiroga de interromper a
vacinação para esta faixa de idade, segundo a colunista.
Eles teriam exigido que a pasta emitisse uma nota técnica
dizendo que a equipe de especialistas não foi consultada e que ela discorda da
decisão, e também querem que Queiroga defina um calendário para a retomada da
vacinação dos adolescentes.
Ainda nesta sexta, um estudo feito por 70 especialistas
apontou que a causa da morte de uma adolescente de 16 anos, que foi uma das
justificativas do ministério para interromper a vacinação de adolescentes, não
teve relação com a vacina da Pfizer.
O diagnóstico apontou que a causa do óbito, sete dias após a
jovem ser imunizada, foi uma doença autoimune, grave e rara, conhecida como
Púrpura Trombótica Trombocitopênica (PPT).
Apesar da orientação do Ministério da Saúde de interromper a
vacinação em adolescentes, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
manteve a recomendação de vacinação neste grupo, com base em evidências
científicas avaliadas e aprovadas pelo órgão.