O ministro Alexandre de Moraes, eleito inimigo número um pelo
presidente Jair Bolsonaro, continuará sendo uma pedra no caminho do governante.
A partir de agosto de 2022, às vésperas das eleições, ele assumirá a
presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Na sessão de hoje, quando
foram julgadas ações de cassação contra a chapa vencedora em 2018, o ministro
disse que houve disparos em massa de mensagens em redes sociais na campanha,
prática proibida. E prometeu punir com prisão quem fizer isso no ano que vem.
"A Justiça Eleitoral, assim como toda a Justiça, pode ser cega, mas ela
não é tola.
O ministro Alexandre de Moraes, que vai presidir o TSE nas
eleições do próximo ano, afirmou que não vai tolerar a repetição da prática e
alertou que a conduta, se ocorrer, poderá levar à prisão dos envolvidos. Seis
dos sete ministros admitiram que houve disparo em massa de mensagens nas
eleições, mas não foram colhidas provas ao longo dos três anos de instrução dos
processos que comprovassem os crimes na esfera digital e o elo dos delitos com
a campanha vitoriosa. "Se houver repetição, se houver repetição do que foi
feito em 2018, o registro será cassado e as pessoas que assim fizerem irão para
a cadeia por atentarem contra as eleições e a democracia no Brasil", disse
Moraes.