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No dia em que o Brasil atingiu mais da metade de sua população totalmente vacinada contra a covid-19, o consórcio de veículos de imprensa completou 500 dias ininterruptos de trabalho. O grupo é formado por Estadão, g1, O Globo, Extra, Folha de S.Paulo e UOL. O consórcio foi criado no dia 8 de junho de 2020 em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19.
Os veículos decidiram formar uma parceria e trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias sobre os casos e as mortes pela doença nos 26 Estados e no Distrito Federal.
Em uma iniciativa inédita, as equipes dos veículos de comunicação passaram a dividir tarefas e compartilhar as informações obtidas para que os brasileiros pudessem saber a evolução e o total de óbitos provocados pela covid-19, além dos números consolidados de casos testados e com resultado positivo para o novo coronavírus.
Um balanço diário passou a ser fechado (e divulgado por todos) às 20h.
No início do ano, o consórcio também se comprometeu a divulgar diariamente os dados de pessoas vacinadas contra a doença, mostrando a evolução da imunização em todos os Estados do País. Desde janeiro, são divulgados dados sobre as pessoas que receberam as doses da vacina.
Nesta quarta, 20, o País ultrapassou o porcentual de 50% de totalmente imunizados. São 106,8 milhões de brasileiros com o esquema vacinal completo.
Importância do jornalismo
“Temos um enorme orgulho de participar deste esforço conjunto de levar à sociedade as informações sobre a pandemia. Diante da omissão do governo federal, a imprensa cumpriu a sua missão”, diz João Caminoto, diretor de Jornalismo do Grupo Estado.
“Foram 500 dias muito duros para o País. E o consórcio serviu, e serve, a população com o que o jornalismo pode fazer de melhor, que é levar informação precisa, clara e relevante”, afirma Renato Franzini, diretor do g1.
“O consórcio traduz o papel decisivo que o jornalismo teve nesse momento tão difícil do País. Que seja uma inspiração para novas gerações de jornalistas”, diz Alan Gripp, diretor de Redação de O Globo.