Medeiros rechaçou o discurso de Bolsonaro e classificou como “maléfico”. Ele também destacou que as decisões na área da saúde devem ser sempre norteadas pela ciência.
O secretário de Estado da Saúde, o médico pneumologista Geraldo Medeiros (Foto: Reprodução)O secretário de estado da Saúde da Paraíba, o médico Geraldo Medeiros, se pronunciou sobre as falas do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), sobre as vacinas contra covid-19. O gestor afirmou, em uma live, que os imunizantes podem causar AIDS nas pessoas que receberam as doses. Medeiros rechaçou o discurso de Bolsonaro e classificou como “maléfico”. Ele também destacou que as decisões na área da saúde devem ser sempre norteadas pela ciência.
“A Secretaria Estadual de Saúde, ao longo de um ano e oito meses da pandemia, sempre adotou como norte as evidências científicas, os pareceres dos infectologistas e epidemiologistas, e as entidades de classe. (…) Não há nenhuma relação entre as vacinas aplicadas aqui no Brasil e a síndrome de imunodeficiência adquirida, a AIDS. É uma declaração maléfica para a campanha de vacinação. Isso cria uma insegurança na população”, disse o secretário à rádio Arapuan FM na tarde desta segunda-feira (25).
Geraldo Medeiros disse ainda que as entidades de classe já se manifestaram contra o discurso do presidente durante a live e se pronunciaram publicamente, rechaçando as falas inverídicas do mandatário.
“Nós já tivemos manifestação da Sociedade Paulista de Infectologia e da Sociedade Brasileira de Infectologia [sobre as declarações de Bolsonaro]”, revelou o gestor da SES-PB.
Questionado sobre o receio de as falas do presidente levaram a um recuo da sociedade em continuar buscando as vacinas e completar os ciclos vacinais, o secretário se mostrou positivo e afirmou que as pessoas já estão prevenidas contra informações falsas.
“Eu acredito que a população já está precavida quanto a estas fake news. Felizmente o brasileiro aderiu a vacinação contra a covid-19”, concluiu.