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 Valor que a empresa cobra pelo litro da gasolina é de R$ 2,33, mas lembra que faz investimento de bilhões de reais para conseguir o petroléo

Gráfico mostra o que compõe o preço da gasolina - Foto: Reprodução

Uma nova propaganda da Petrobras, veiculada em emissoras de TV, isenta a empresa pelo alto valor da gasolina nos postos de combustíveis.

De acordo com a Petrobras, o valor que a empresa cobra pelo litro da gasolina é de R$ 2,33, mas lembra que faz investimento de bilhões de reais para conseguir o petroléo.

“Para produzir gasolina de alta qualidade, investimos bilhões de reais na procura e produção de petróleo, a 300 Km da costa e mais de 7 mil metros de profundidade. E você sabe quanto a gente ganha hoje por litro vendido no posto? R$ 2,33”, destaca um trecho da propaganda.

Sobre o preço nos postos de combustíveis, a propaganda da Petrobras lembra que é dividido em cinco partes. Pelo desenho apresentado, o que mais encarece o produto é justamente o ICMS cobrado pelos governos estaduais.

A propaganda finaliza enfatizando o valor que a Petrobras cobra no litro da gasolina R$ 2,33 e que empresa defende a transparência.

“Para a Petrobras, transparência é fundamental”, diz o fim da propaganda.

Veja a propaganda

ICMS está congelado

Na semana passada, os estados decidiram congelar por 90 dias o chamado “preço médio ponderado ao consumidor final” — sobre o qual incide o ICMS por 90 dias.

No Rio Grande do Norte, atualmente o ICMS representa 29% sobre o valor final da gasolina e do diesel (em média, R$ 1,92 no caso da gasolina e R$ 1,44 no caso do diesel, considerando os preços médios praticados).

O anúncio acontece em meio à forte alta dos combustíveis, provocada pelo aumento do petróleo no mercado internacional e pela disparada do dólar – fatores levados em conta pela Petrobras para calcular o preço nas refinarias.

Nesta semana, a Petrobras anunciou um novo reajuste no preço da gasolina e do diesel para as suas distribuidoras. O aumento foi de 7,04% para o litro de gasolina nas refinarias e de 9,15% para o diesel.

Segundo o governo, o objetivo do congelamento do preço médio ponderado, sobre o qual incide o ICMS, é colaborar com a manutenção dos preços nos valores vigentes em 1º de novembro de 2021 até 31 de janeiro de 2022.

Pela sistemática normal, que deixará de ser observada até o fim de janeiro, cada ente da federação define o chamado “preço médio ponderado ao consumidor final” cada 15 dias.

Medida não impede novos reajustes de combustíveis

Entretanto, esse congelamento do preço médio ponderado não impedirá que eventuais reajustes anunciados pela Petrobras nas refinarias sejam repassados aos preços dos combustíveis na bomba.

A empresa, que registrou lucro de R$ 31,1 bilhões no terceiro trimestre, continuará reajustando os combustíveis com base no preço internacional do petróleo e da taxa de câmbio (dólar).

O presidente do presidente do Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), Rafael Fonteles, confirmou que decisão de hoje é insuficiente para impedir novos reajustes.

“É preciso ficar claro que o ICMS é apenas um componente dos preços, e, como não houve alteração da alíquota nos últimos anos, não há como associar os reajustes dos combustíveis ao imposto estadual. Esses aumentos se devem à política da Petrobras que atrela seus preços ao mercado internacional do petróleo e ao câmbio. Como essa política da Petrobras está sujeita à volatilidade do mercado internacional, é bastante provável que, havendo aumento do barril de petróleo lá fora, esse reajuste seja repassado aqui”, afirmou Fonteles.


 Com


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