Num exercício de rachadinha moral, Flávio Bolsonaro tentou
atribuir a soltura de Lula àquele que o prendeu, Sergio Moro.
O filho do presidente
escreveu na Folha de S. Paulo:
“Quem soltou Lula foi Sergio Moro. Não faltaram provas de que
Lula saqueou o Brasil, escalpelou estatal como a Petrobras, recebeu propina de
empreiteiras, tomou decisões como presidente da República com o objetivo de
abarrotar seus próprios bolsos e receber doações de campanha milionárias de
empresas por ele beneficiadas em seu governo.
Lula foi condenado, com provas, em primeira e segunda
instâncias, no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal. Era
só Moro ter cumprido a lei que a Suprema Corte não seria obrigada a reconhecer
seus abusos de autoridade e suas combinações nefastas e ilegais com integrantes
do Ministério Público Federal e do Coaf, que levaram à anulação dos processos
em que julgou Lula”.
É desnecessário lembrar que o STF mudou a lei para soltar
Lula, e que rasgou dezenas de decisões tomadas anteriormente, que corroboravam
os atos de Moro. É desnecessário lembrar também que Jair Bolsonaro chutou Moro
depois que o Coaf, de maneira independente, produziu relatórios sobre a
rachadinha no gabinete do próprio Flávio Bolsonaro, e que Moro se recusou a
blindá-lo, apesar dos pedidos do papai.
Flávio Bolsonaro não vai recuperar o eleitorado lavajatista
disparando mais mentiras sobre Moro e conluiando-se com a turma da impunidade
do STF ou com os advogados petistas. Esse eleitorado está perdido.