Internautas passaram a recuperar, nos últimos dias, um vídeo do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho zero-três do presidente Jair Bolsonaro, criticando o preço o valor da gasolina em 2016, durante os últimos momentos do governo de Dilma Rousseff. Naquele ano, de acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a média do combustível chegou a um pico de R$ 3,70 em dezembro – hoje, a média é de R$6,68, chegando a R$11 em estados como o Acre.
No vídeo, o parlamentar está ao lado de uma apoiadora em um posto de gasolina nos Estados Unidos, e ironizam o fato de lá meio tanque custar algo próximo a 12,96 dólares (15,32 dólares, ou R$77,75 em valores atuais). “Nós somos os donos do petróleo, autossuficientes”, diz o parlamentar, “- e pagamos o preço mais absurdo”, completa a apoiadora, a influenciadora Karol Eller.
E então, o deputado conclui com um raciocínio que também parece válido para os dias de hoje: “Antigamente, quando subia o preço da gasolina, o que eles falavam? que era o mercado internacional, que o preço do barril do petróleo era regulado pelo mercado internacional. Só que antes o preço do barril do petróleo estava em 150 dólares – agora que está em 20, 30 dólares, não diminuem o preço da sua gasolina – porque, se fizerem isso, a Petrobras quebra.”
Em 2018, nova manifestação de Eduardo Bolsonaro
Em maio de 2018, com o combustível já na casa dos R$5 e em plena campanha de eleição do pai Jair Bolsonaro, Eduardo foi à tribuna da Câmara dos Deputados repetir seu argumento. Para ele, a internacionalização do barril do petróleo deveria beneficiar o país. “Quando a Petrobras produz seu combustível, toda a cadeia de pagamento de mão-de-obra e contratos de serviços, são pagos em real. Por que que o Brasil não consegue transferir esse benefício para o posto, lá na bomba?”, questionou.
Eduardo Bolsonaro – então em seu primeiro mandato – diz que a Política de Paridade Internacional (PPI) da Petrobras – que garante a cotação dos combustíveis com base no dólar – é que deveria ser mudada. Neste sábado (11), após 39 meses de governo, o presidente Jair Bolsonaro disse que se sente “insatisfeito” com a política da estatal, mas que descarta intervir na questão.
Com
0 Comentários
