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Ricardo Coutinho, ex-governador da Paraíba

A semana começa com duas decisões judiciais, uma na esfera comum e noutra na eleitoral – esta última retomando o caráter comum/criminal das ações da Operação Calvário- que, certamente, tendem a consolidar em termos processuais e não de narrativa a culpabilidade do ex-governador Ricardo Coutinho em desvios de recursos públicos podendo afetar, inclusive, a campanha de Lula.

O saldo das decisões desta segunda-feira elimina o tom dado por advogados de Defesa do ex-governador de cenário igual e/ou no mesmo nível do Caso Lula na Lava Jato, algo que não se concebe com o decorrer processual porque no caso do ex-presidente inexistiam provas como se dá na situação paraibana.

MAIS UMA AÇÃO CRIMINAL

Nesta segunda-feira (25) o ex-governador Ricardo Coutinho e outras 12 pessoas, entre elas ex-secretários da sua gestão, viraram réus em mais uma denúncia no âmbito da Operação Calvário, acatada pelo juiz Eslu Eloy Filho, da 7ª Vara Criminal de João Pessoa. Leve-se em conta que no caso em tela, o juiz aceitou analisar o caso, já que anteriormente, dois magistrados haviam se averbado suspeitos: José Márcio Rocha Galdino e Geraldo Emílio Porto.

TRE DEVOLVE À JUSTIÇA COMUM

E eis que, depois do ministro Gilmar Mendes determinar o envio dos autos de parte do processo da Calvário para exame da Justiça Eleitoral eis que o relator do processo no TRE-PB, Roberto D’Horn Moreira Monteiro da Franca Sobrinho, deu o voto pela incompetência de julgamento do processo por parte da Justiça Eleitoral. Na prática, o processo retorna para o âmbito criminal após votação com unanimidade dos juízes.

Disse ele: “No caso, observa-se que o Ministério Público, o Tribunal de Justiça da Paraíba e a Procuradoria Regional Eleitoral destacaram que na apuração do processo não se vislumbrou crime eleitoral. De fato, a leitura verifica-se a ausência de qualquer imputação de qualquer crime eleitoral aos acusados”, disse o magistrado em seu voto.

A ORIGEM E DESCOBERTA SÃO DO RJ

Embora as paixões intercedam querendo criar narrativas no caso da Operação Calvário é duro, muito constrangedor admitir, mas o volume de acusações contra o ex-governador mas, não se pode negar com a existência de 8 anos de gravações de negociações de RC com Daniel Gomes, da Cruz Vermelha, principal articulador do esquema de desvios.

Ademais é preciso admitir que a Calvário surgiu na apuração dos graves desvios de Sérgio Cabral no Rio quando o Ministério Publico local identificou e remeteu para o STJ – e não ao MPB, os autos que geraram delação voluntária de Daniel Gomes depois de 1,6 ano de prisão apontando todo esquema na Paraíba entregando gravações de 8 anos na Paraíba com participação do ex-governador, conforme os autos.

Em tempo: os problemas na Paraíba foram antes de 2010.

NADA A VER COM LULA

No caso do ex-presidente houve comprovadamente Lawfare, inexiste qualquer gravação idônea ou acusações graves com provas fora da “fabricação ” de Sergio Mouro, mas no caso da Calvário os dados e provas têm outra contextualização fora do Lawfare. É duro chegar a este entendimento.

Em síntese, a gratidão de Lula é compreensível, mas para ir além disso mesmo com respaldo de advogados, tudo pode lhe respingar forte logo mais.

 Com


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