Presidente foi aconselhado a recuar nas críticas ao sistema eleitora e "testar" outras frentes de ataques, mas não sabe quais
O desgaste a que submeteu os militares nos seus ataques às
urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral está levando Jair Bolsonaro a repensar
sua estratégia de mobilizar aliados e conseguir pontos na corrida ao Planalto.
Não que seja seu desejo, mas se trata de uma imposição dos
fatos.
O presidente levou os militares a uma peleja política que não
é deles. Nos últimos dias, as Forças Armadas saíram com a imagem comprometida
por fazer parte desse jogo de Bolsonaro.
A reação do Congresso – Arthur Lira e Rodrigo Pacheco saíram
em defesa da Justiça Eleitoral -, a ofensiva do TSE e a insatisfação de parte
da base de deputados e senadores estão fazendo o presidente pensar duas vezes.
O problema para Bolsonaro é a que linha de frente pode
recorrer. Onde pode atacar. O presidente foi alertado que não se tem nem
garantia que essa briga com ministros do STF e do TSE explica seu ainda tímido
crescimento nas pesquisas.
Ele foi avisado também que, daqui em diante, o cenário pode
piorar se continuar com essa cantilena de duvidar das urnas. Até fardados do
Planalto avaliam que o assunto esgotou, antes que comprometa mais oficiais de
seu grupo e ponha sua candidatura a perder.