Por Naira Trindade
Abraham Weintraub | O GloboAbraham Weintraub, o ex-ministro da Educação demitido após
ter, segundo o próprio, resistido em entregar o FNDE ao Centrão, avalia que
mais casos de suspeitas de corrupção não devam parar de aparecer com a prisão
de Milton Ribeiro e dos pastores. Ele diz:
O Milton Ribeiro saiu
e a turma toda ficou. Então, eles continuam atuando. Tem muito mais coisas
acontecendo no MEC e em algum momento vai acontecer. Eu vi como é a sanha do
pessoal, o pessoal é desesperado.
'Cara no fogo': Prisão de Milton Ribeiro atinge 'um dos
pilares do governo Bolsonaro'
Habeas corpus: Defesa de Milton Ribeiro pedirá revogação de
prisão ‘injusta’ e ‘incabível’
E resumiu:
A equipe que gerou
todo esse caroço continua lá. Os desgastes vão continuar, vão aparecer mais
coisas. E, se não aparecer agora, vai aparecer ano que vem. O pessoal está
trabalhando, todo dia acorda e vai trabalhar. E gente errada trabahando faz
coisa errada.
Pastores no MEC: Após pedir investigação, Silas Malafaia vê
‘prisão política’ de Milton Ribeiro
Antes aliado de Bolsonaro, Weintraub virou rival político do
presidente ao insistir na pré-candidatura ao governo de São Paulo contra
Tarcísio de Freitas, candidato do governo.
Recentemente, o ex-ministro projetou que Bolsonaro pode ser
derrotado por Lula nas eleições por causa da inflação e dos ‘escândalos’. Diz
Weintraub:
Eu acho que 80% da
derrota do governo Bolsonaro virá por conta da inflação e 20% por causa das
promessas não cumpridas, não só por suspeita de corrupção, mas também de não
ter cumprido promessas, desde a mudança da Embaixada em Jerusalém, que ele não
vai entregar.
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conferência ligada à OCDE