por Ezequiel Vieira
Recentemente O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) chegou a um acordo com a OAM (Organização Arnon de Mello)
para votação a favor do plano de recuperação judicial das empresas de
comunicação da família de Fernando Collor. A empresa tem negociado um total de
R$ 64 milhões em dívidas. O banco público é o maior credor.
Na última segunda-feira (04), um novo aditivo foi incluído ao
plano pela empresa devedora. O plano altera a proposta inicial, a qual prever
um perdão de 70% do débito original com o BNDES. Só com o banco as dívidas
totalizam R$ 14,4 milhões, em valores de 2019.
Caso a proposta for aceitas pelo BNDES, deve haver uma
carência de 12 meses para o início do pagamento e prazo de 126 meses até sua
conclusão. A OAM tem negociado com o banco desde a primeira assembleia geral
dos credores, no dia 12 de abril deste ano.
A empresa negociava com o BNDES desde a primeira assembleia
geral dos credores, no dia 12 de abril. Pouco depois da abertura dos debates, a
votação foi suspensa, a pedido da empresa, para ajustes no plano. A nova
versão, porém, só alterou condições ao BNDES. O adiamento nas duas primeiras
oportunidades aconteceu por conta da insatisfação do banco com a proposta, a
qual previa um deságio de 80% e carência de 18 meses para quitar o débito.
Marcado para a próxima quarta-feira (13), acontece o
definitivo encontro com os credores, em que a assembleia decide se aprova ou
nega o plano. Caso seja reprovado, a empresa segue para o processo de falência.
Se aprovado, vai para homologação judicial.
Segundo o administrador judicial da recuperação judicial, José Luiz Lindoso, o BNDES é importante na negociação porque o voto dele é o mais importante da assembleia.