Dentre os envolvidos estão o senador Flávio Bolsonaro e os deputados federais Carla Zambelli, Hélio Lopes e Otoni de Paula (Por Vinícius Prates)
O senador Flávio Bolsonaro e os deputados federais Carla Zambelli, Hélio Lopes e Otoni de Paula terão que apagar conteúdos falsos sobre o ex-presidente Lula, conforme determinado por Moraes(foto: Jefferson Rudy/Agência Senado/Reprodução/Câmara dos Deputados)O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do
TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, ordenou a remoção de
conteúdos falsos contra o PT e contra o ex-presidente Lula (PT), promovidos por
bolsonaristas, que os associam ao PCC (Primeiro Comando da Capital). A liminar
concedida ao PT foi assinada ontem (17/7) à noite.
A decisão também determina a remoção de conteúdos que
associam o pré-candidato Lula ao assassinato do ex-prefeito Celso Daniel, em
2002; supostas falas do petista igualando pobres a papel higiênico; e a
distorção de publicações do ex-presidente que sugerem a existência de uma
associação entre o PT, o fascismo e o nazismo, conforme descrito no texto.
Em caso de descumprimento da liminar, Moraes estipulou multa
diária de R$ 10 mil se os conteúdos não forem removidos imediatamente. A
decisão também prevê multa de R$ 15 mil para novas postagens ou novos
compartilhamentos dos conteúdos em questão.
A liminar mira apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL),
como o filho dele e senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), os deputados federais
Carla Zambelli Salgado (PL-SP) e Hélio Lopes (PL-RJ), Otoni de Paula (MDB) e
outros 12 envolvidos, como administradores dos sites Jornal Cidade On-line,
Jornal Minas Acontece, além de administrados dos canais do YouTube DR News e
PolíticaBrasil24.
Conforme Moraes, a veiculação das notícias falsas ou
descontextualizadas, sem demonstração de provas, com "evidente propósito
de desincentivar os cidadãos brasileiros a votarem no ex-Presidente",
podem vir a prejudicar Lula, em uma possível candidatura, o que fere
"gravemente o equilíbrio da campanha eleitoral".
"Ainda mais levando-se em consideração que é feita por
meio de notícias desinformadoras, graves e que ferem a honra e a imagem do
representante", concluiu o ministro.