Já no primeiro dia oficial de campanha de reeleição à
Presidência, o presidente Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais para
divulgar, mais uma vez, a informação enganosa de que o adversário petista,
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teria intenção de fechar igrejas,
caso seja eleito.
“- É preciso estar atento. A partir de hoje, mais do que
nunca, os que amam o vermelho passarão a usar verde e a amarelo, os que
perseguiram e defenderam fechar igrejas se julgarão grandes cristãos, os que
apoiam e louvam ditaduras socialistas se dirão defensores da democracia”,
escreveu o atual governante no Twitter, nesta terça-feira (16).
Visto como o novo “kit gay” da campanha bolsonarista, a
teoria falsa busca prejudicar a imagem de Lula nos setores religiosos,
principalmente entre os evangélicos e católicos mais conservadores.
A campanha de Lula já demonstrou preocupação com o assunto, e
a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann disse ao jornal O Globo que
maneiras de lidar com a questão na Justiça estão sendo estudadas.
A fake news formulada pela equipe do atual presidente tem
ganhado as redes sociais, mas também recebeu reforço nesta semana do deputado
federal e pastor Marcos Feliciano (PL-SP). Em entrevistas concedidas nos
últimos dias, o aliado de primeira linha de Bolsonaro, admitiu ter espalhado a
desinformação.
"Conversamos sobre o risco de perseguição, que pode culminar no fechamento de igrejas. Tenho que alertar meu rebanho de que há um lobo nos rondando, que quer tragar nossas ovelhas através da enganação e da sutileza. A esmagadora maioria das igrejas está anunciando a seus fiéis: ‘tomemos cuidado’", disse Feliciano à Rádio CBN. Ele é pastor da Assembleia de Deus Ministério Catedral do Avivamento.