São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia lideram os fechamentos de
MEIs Foto: Hermes de Paula / Agência O Globo
Um estudo feito pelo IPC Maps mostra que o Brasil perdeu mais
de um milhão de microempreendedores individuais (MEIs) entre abril de 2021 e
abril de 2022. Para Marcos Pazzini, responsável pelo levantamento, "os
altos impostos associados à proliferação de MEIs e ao baixo teto de faturamento
contribuíram para o encerramento das atividades".
Embora a pesquisa tenha apurado o encerramento de empresas de
vários portes, o que eleva o total para 1,2 milhão de CNPJs encerrados, o
estudo mostrou o fechamento de 1.026.570 microempreendedores individuais
(MEIs). Ao todo, a pesquisa estima que o número de CNPJs teve uma redução de
5,4% durante o período de um ano.
Para Pazzini, os dados evidenciam o crescimento do
empreendedorismo durante a pandemia em função da perda de empregos. Segundo o
estudo, os estados que mais perderam MEIs foram São Paulo, Rio de Janeiro e
Bahia, especialmente nos setores de Alimentação e Vestuário.
Setores
Atualmente, das 21.127.759 empresas ativas no Brasil, metade
(11,6 milhões) tem atividades relacionadas a Serviços. Na sequência, vêm os
segmentos de Comércio, com 5,4 milhões; e Indústrias com 3,4 milhões. Já o
Agrobusiness, o único setor em crescimento, tem mais de 764 mil
estabelecimentos registrados.
Em relação à distribuição regional de empresas, o Sudeste lidera o ranking, concentrando 49,3% das unidades; seguido pelo Sul, com 18,1%; pelo Nordeste, com 17,4% dos estabelecimentos; pelo Centro-Oeste, com 8,9%; e pelo Norte, abrangendo apenas 6% das empresas presentes no país.
Na análise quantitativa das empresas para cada mil habitantes, a pesquisa IPC Maps aponta novamente para uma retenção geral. As regiões Sul e Sudeste seguem no topo da lista com, respectivamente, 127,8 e 121,7 empresas por mil habitantes; o Centro-Oeste aparece com 103,9; e, ainda bem abaixo da média, estão as regiões Nordeste, com 60,3, e Norte, que tem apenas 51,5 empresas por mil habitantes.