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Preços do produto encanado e do de botijão já sobem mais que o dobro da inflação, levando brasileiros a tomar banho frio e substituir eletrodomésticos (Por Camilla Alcântara, Pollyanna Bretas e Glauce Cavalcanti)

André Korenblum dono do restaurante Tasca Míuda: fornos e fritadeiras a gás ficam entre 10% e 20% mais caros que os equipamentos elétricos Domingos Peixoto
O gás de cozinha substituiu a energia elétrica no papel de vilão do orçamento doméstico. Nos últimos 12 meses, o gás encanado acumula alta de 26,29%, e o gás de botijão, de 21,36%. Ambos subiram mais que o dobro da inflação no período (10,07%).

Em muitos casos, a conta de gás já passa a conta de luz, levando os brasileiros a adotar estratégias como banho cronometrado - ou frio - e substituição de eletrodomésticos. Veja sete dicas para economizar.

As finanças do restaurante Tasca Miúda, na Zona Sul do Rio, têm sentido de perto esse sobe e desce. No ano passado, para economizar, os equipamentos elétricos foram trocados por modelos a gás, já que a conta de luz era a vilã da inflação na época.

Agora, ele sofre com o preço do gás

Geralmente, os fornos e fritadeiras a gás ficam entre 10% e 20% mais caros que os equipamentos elétricos, que vendemos em 2021. Ainda estamos pagando o que foi investido e não estamos vendo a economia esperada — diz o sócio André Korenblum, que já orientou a equipe a evitar ao máximo deixar ligadas as bocas de fogão que não estão sendo usadas.

O peso das tarifas — Foto: Arte O GLOBO


Entenda por que a conta de luz deixou de pesar tanto no orçamento e como o gás assumiu o papel de vilão da inflação e as estratégias adotadas pelos brasileiros para driblar a alta dos preços.
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