O objetivo da investigação é identificar se esses frigoríficos estão sendo abastecidos por criadores de gado de corte que utilizam áreas com desmatamento ilegal
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquéritos civis para investigar a origem do gado comprado por 11 frigoríficos em Mato Grosso, informou a divisão local do órgão na semana passada.
O MPF está na fase final de análise dos frigoríficos que não assinaram o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no âmbito do projeto da Carne Legal, segundo o procurador da República titular do 1º Ofício Ambiental em Mato Grosso, Erich Masson, em nota divulgada pelo MPF.
As empresas investigadas são:
- Borges de Carvalho & Cia (Frigonelore);
- Brasfri;
- J Renato Blau-ME (Frigorifico 2R);
- New Beef Company Frigorifico (New Beef);
- Frigoestrela;
- Rondonópolis;
- Nutrifrigo Alimentos;
- Mataboi Alimentos (Prima Foods);
- Frisacre Frigorífico Santo Afonso;
- Monte Verde;
- Ind. Frigorífica Boa Carne.
O objetivo da investigação, de acordo com o próprio MPF, é identificar se esses ambientes estão sendo abastecidos por criadores de gado de corte que utilizam áreas com desmatamento ilegal, trabalho análogo ao escravo ou terras indígenas e unidades de conservação invadidas.
Próximo passo do Ministério Público contra frigoríficos
A partir da identificação da origem do gado, o MPF avalia se a área possui algum tipo de embargo ou alerta de desmatamento e, então, verifica se houve autorização para a supressão vegetal daquele local. Caso não tenha sido autorizada, a área passa a ser identificada como desmatamento ilegal.
“Essa é uma demanda dos próprios frigoríficos que já fazem parte do TAC” — Erich Masson
“Então nós negociamos com os frigoríficos a assinatura do TAC, para que eles também façam parte do Programa Carne Legal. Inclusive essa é uma demanda dos próprios frigoríficos que já fazem parte do TAC”, disse o procurador Erich Masson.
“O objetivo é trazer todos os frigoríficos para dentro do Programa Carne Legal para que todos façam uma análise socioambiental da compra e para que todo mundo fique nivelado, que o critério seja igual para todos”, complementou Masson.
As informações partem do portal CarneTec Brasil