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Flávio Bolsonaro (Foto: EVARISTO SA/AFP via Getty Images)

Além de ter 16 imóveis comprados parcialmente com dinheiro vivo, o senador FlávioBolsonaro (PL-RJ) também usou valores em espécie para pagar despesas pessoais, funcionários e impostos, revelou o portal UOL.

Reportagem de Juliana Dal Piva e Paulo Pereira Guimarães, publicada nesta segunda-feira (19), diz ainda que a conta bancária da antiga loja de chocolates do filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) registrou alto volume de depósitos de dinheiro vivo sem identificação. Ao todo, esse montante movimentado em espécie ultrapassa os R$ 3 milhões.

Os dados constam das quebras de sigilos obtidas pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio). Ele também foi apontado nas investigações como líder de uma organização criminosa que funcionava em seu antigo gabinete na Alerj (Assembleia Legislativa fluminense). O total de desvios apurado pela Promotoria foi de, no mínimo, R$ 6,1 milhões.

De acordo com os promotores, o dinheiro usado nas transações do filho do presidente vinha do esquema conhecido como "rachadinha" —funcionários do gabinete eram obrigados a devolver boa parte de seus salários, em espécie, ao então deputado.

A quebra de sigilo bancário e o cruzamento de dados revelaram também dívidas pagas que não constavam nos extratos do senador nem nos de sua mulher, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro. Foram identificadas até despesas pagas diretamente pelos próprios funcionários do gabinete.

Procurado pelo portal UOL, sua assessoria respondeu que ele diz que não sabe "com qual interesse a reportagem requenta, em véspera de eleição, uma história superada e arquivada".

"Não existe denúncia. A investigação foi arquivada pela Justiça porque era infundada e motivada por interesses políticos do grupo que nos enfrenta nessa eleição. A reportagem anterior, que falava em compra de imóveis em dinheiro vivo, confunde moeda corrente nacional, que é o real, com dinheiro em espécie. Por isso, é importante frisar: moeda corrente não é dinheiro em espécie."

A reportagem anterior do portal UOL não confunde os termos, inclusive corroborados por entrevistas com vendedores e funcionários de cartórios. O uso de dinheiro vivo não é ilegal, mas especialistas no combate à corrupção indicam que isso dificulta o rastreamento da origem das verbas.

Evidências de uso de dinheiro vivo

Loja de chocolates de Flávio: R$ 1,7 milhão

Doação para a mãe: R$ 733 mil

Boletos para pagamentos de despesas pessoais: R$ 261,6 mil

Impostos ligados a imóveis: R$ 91,8 mil

Empréstimos com assessores de Jair Bolsonaro: R$ 250 mil

Salário de empregadas: R$ 40 mil

 Com

 

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