O irmão da vítima relatou que a briga foi motivada por uma discussão política depois que a igreja distribuiu uma circular sobre eleições
Um fiel foi baleado na perna dentro da Igreja Congregação
Cristã no Brasil, no bairro Finsocial, em Goiânia, na quarta-feira (31/8), em
uma discussão política.
O assessor empresarial Davi Augusto de Souza, 40 anos, levou
um tiro na perna disparado pelo cabo da Polícia Militar Vitor da Silva Lopes.
Segundo o agressor, ele foi atacado pela vítima e familiares, entrando em um
confronto corporal com eles. Ele afirmou ter sentido que queriam pegar a arma
e, por isso, a sacou e pediu para se afastarem. Como não o obedeceram, fez um
disparo na perna da vítima para se defender.
O irmão da vítima, Daniel Augusto de Souza, relatou que a
briga foi motivada por uma discussão política depois que a igreja distribuiu
uma circular sobre eleições.
Em nota, a Polícia Militar informou que o cabo estava de
folga no dia do ocorrido. "Assim que a Polícia Militar tomou conhecimento
do caso, determinou a instauração de procedimento administrativo disciplinar
para apurar as circunstâncias do fato. Informamos ainda que o policial militar
se apresentou de forma espontânea na delegacia de Polícia Civil para os
procedimentos cabíveis", diz o comunicado.
Segundo o irmão de Davi Augusto, ele passou por uma cirurgia
na perna e permanece internado com o quadro estável. Daniel Augusto relatou
ainda que o culto continuou normalmente enquanto a vítima era atendido por
bombeiros no corredor da igreja.
Um boletim de ocorrência foi registrado por lesão corporal
culposa, quando não há intenção de machucar a pessoa agredida. No documento
consta as versões dos policiais militares que atenderam a ocorrência.
"No local, segundo informações, houve uma discussão
entre dois indivíduos e o cabo Vitor da Silva Lopes. Os indivíduos tentaram
entrar em luta corporal com o policial, que para se desvencilhar de um deles
efetuou um disparo que alvejou a perna do envolvido", relata o documento.
Daniel Augusto, irmão
da vítima e testemunha do ocorrido, contestou a versão dada pelo agressor.
"Meu irmão saiu para beber água e o policial também. Do lado de fora, meu irmão, o policial e outra pessoa começaram um debate sobre quem da igreja apoia ou não o governo, que os membros não deveriam votar na esquerda, como indicaram os líderes", relatou.