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 Elementos inéditos coletados na apuração, que também envolve suspeitas de corrupção no MEC, foram enviados para o STF (Rodrigo Rangel)

Os investigadores que atuam na apuração do esquema de corrupção no Ministério da Educação, epicentro de uma guerra interna na Polícia Federal que levou até a um inédito pedido de prisão da cúpula da corporação, fizeram chegar nos últimos dias a seus superiores um recado: na parte ainda sigilosa do trabalho, atualmente em tramitação no Supremo Tribunal Federal, há uma “bomba”.

Segundo eles, trata-se de uma prova tão explosiva a ponto de dirimir todas as dúvidas que cercam as suspeitas de que dirigentes da Polícia Federal e figurões do governo Jair Bolsonaro agiram para interferir no rumo das investigações. O tal material inédito já foi enviado para a ministra Cármen Lúcia, que está responsável pelo caso no STF.

Entre as decisões pendentes a cargo da ministra está o pedido para que o presidente Jair Bolsonaro seja incluído entre os investigados por ter supostamente alertado o ex-ministro Milton Ribeiro de que ele seria alvo de uma operação. Também está nas mãos dela o pedido feito pelo delegado Bruno Calandrini, responsável pela investigação, para que a cúpula da PF seja presa em razão das alegadas tentativas de interferência.

Fontes a par do assunto ouvidas pela coluna dizem esperar que Cármen Lúcia decida sobre os pedidos apenas depois das eleições, para não dar margem a questionamentos relacionados aos possíveis efeitos do caso sobre a campanha. Não deixa de ser mais um sinal importante de que, de fato, há questões sensíveis em jogo.

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