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 Maioria dos ministros votaram contra os decretos do presidente que facilitavam a compra de armas e munições no país

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para autorizar a revogação dos decretos do presidente Jair Bolsonaro (PL) que facilitam a compra e porte de armas de fogo no país. A decisão aconteceu nesta terça-feira (20) durante plenário virtual.

Anteriormente, o ministro Edson Fachin revogou três trechos dos decretos do presidente sobre o assunto. Com os votos de Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, e Rosa Weber, a revogação passa a ser definitiva.

As revogações ocorreram após o PT e PSB entrarem com três processos alegando que os atos de Bolsonaro violavam dispositivos do Estatuto do Desarmamento, aprovado em 2003.

Vale lembrar que, até o fim das análises, os ministros que ainda não efetuaram os votos podem pedir vista (mais tempo para avaliar o caso) ou solicitar que os processos sejam julgados em sessões presenciais.

Mesmo que algum ministro peça vista, as decisões de Fachin ficam vigentes até que o julgamento tenha um desfecho no STF.

Revogações de Fachin

Em seu posicionamento, Fachin diz que a posse de arma de fogo só pode ser liberada para pessoas que comprovem ter efetiva necessidade por motivos profissionais ou pessoais.

O ministro ainda determina que a compra de armas de uso restrito só deve ser autorizada quando é de interessa da segurança pública ou da defesa nacional, não em razão do interesse pessoal.

Ele também diz que as permissões para os CACs (colecionadores, atiradores e caçadores certificados) comprarem até 60 unidades de armas de fogo é “incompatível com as realidades fática e normativa do Estado brasileiro".

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