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 Por Naira Trindade

PRF negocia com manifestantes na Via Dutra foto Fernanda Alves/Agencia O Globo
O Ministério Público Federal abriu inquérito civil público para apurar denúncias de perseguição contra servidores da Polícia Rodoviária Federal que, nas eleições deste ano, manifestaram intenção de voto contrária ao presidente Jair Bolsonaro.

A apuração se baseia em representação e depoimentos de integrantes da corporação, segundo os quais o diretor-geral, Silvinei Vasques, e outros integrantes do comando da corporação ameaçaram “retaliação a todo servidor” que não tenha indicado apoio a Bolsonaro. A represália se daria com “transferências arbitrárias, perseguições, PAD's (processos administrativos disciplinares)”, entre outras medidas.

Num dos depoimentos colhidos, segundo o MPF, um policial rodoviário diz que, após postar em rede social particular seu apoio a Lula, “passou a responder injustificadamente a uma sindicância”.

A Procuradoria vai apurar eventual cometimento de atos de improbidade administrativa, abuso de poder e desvio de finalidade.

O inquérito também mira o esquema de blitzes montado pela PRF no segundo turno com foco no Nordeste, reduto de eleitores petistas.

O procurador da República Eduardo Santos de Oliveira Benones oficiou Silvinei Vasques a apresentar as informações sobre o efetivo dos agentes que participaram da Operação Eleições 2022, bem como o efetivo dos agentes que participaram da Operação Eleições 2018; além de um mapa regionalizado com informações sobre a localização das chamadas blitzes realizadas pela PRF agora e nas eleições passadas.

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