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De acordo com o advogado Ricardo Alvarenga, 36 foram liberados após prestarem depoimento, por serem idosos ou possuírem comorbidades

Joan Silva e Cristiane Freire estão entre os presos, diz advogado (Foto: Reprodução)

Cento e quarenta e seis pessoas da Paraíba, entre elas a advogada Edith Christina Medeiros Freire, estão entre os presos por participação no atentado contra os Três Poderes, ocorrido no domingo (8). A informação foi apurada em primeira mão pelo programa Correio da Manhã, da Rede Correio Sat.

De acordo com o advogado Ricardo Alvarenga, integrante do grupo de profissionais que representa os investigados, os paraibanos foram até a capital federal de ônibus. Ele alega que os clientes chegaram atrasados à Brasília, não invadiram as sedes dos Três Poderes e ficaram apenas no acampamento próximo ao quartel do Exército. A versão, no entanto, não condiz com imagens divulgadas por um dos presos, identificado como Joan Silva.

“Pessoal que não botava fé em mim, olha onde que eu tô. Brasília. Domingão. Tá aqui a galera subindo com toda”, disse o homem, em uma das postagens. Em outro vídeo, Joan aparece no Plenário da Câmara dos Deputados, em meio aos atos de vandalismo. “Agora vai ter sessão ordinária com nós brasileiros. São esses caras [os deputados] não. O microfone é meu agora”, exibiu-se Joan.

Dos 146 presos oriundos da Paraíba, 36 foram liberados após prestarem depoimento, por serem idosos ou possuírem comorbidades. Os demais já foram levados para o Complexo Penitenciário da Papuda e a Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a Colmeia.

Ainda conforme Ricardo Alvarenga, entre os liberados está Margareth Soares de Oliveira, conhecida como Bolsoreth. Ela foi candidata a deputada estadual nas Eleições 2022 pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas só obteve 309 votos.

Mulher presa em Brasília foi candidata a deputada estadual e tem apelido em homenagem a Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação/TSE)

Relembre o que ocorreu

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro inconformados com o resultado das eleições invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) no domingo (8).

A invasão começou após a barreira formada por policiais militares na Esplanada dos Ministério, que estava fechada, ter sido rompida. O Congresso Nacional foi o primeiro a ser invadido, com o grupo ocupando a rampa e soltando foguetes. Depois, os apoiadores de Jair Bolsonaro quebraram vidro do Salão Negro do Congresso e danificaram o plenário da Casa.

Após a depredação no Congresso, eles invadiram o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). No STF, quebraram vidros e móveis.

As imagens mostram que o efetivo de policiais militares que estava nas proximidades do Congresso Nacional usou sprays de pimenta em uma tentativa sem sucesso de conter os vândalos, que entoavam palavras de ordem golpistas.

Reações aos ataques

O ataque gerou reações imediatas nos diversos escalões do poder. Após as invasões, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), decretou intervenção federal no Governo do Distrito Federal até o dia 31 de janeiro.

Nas primeiras horas dessa segunda-feira (9), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), seja afastado do cargo por, pelo menos, 90 dias.

O governador João Azevêdo classificou o ocorrido como “terrorismo” e defendeu que os atos precisam estar sob a visão mais dura possível da Justiça brasileira para que os responsáveis sejam punidos e responsabilizados. Já a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) repudiou os ataques e cobrou punições.

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