Os bolsonaristas presos pelos atos de vandalismo que
destruíram os prédios da Praça dos Três Poderes, no último domingo (8), foram
enviados para celas onde receberam um colchão, um kit de higiene e o direito de
tomar “banho de sol” uma vez ao dia.
São cerca de mil bolsonaristas presos que foram divididos em
dois presídios, sendo os homens enviados para o presídio da Papuda e as
mulheres para a penitenciária da Colmeia. Assim que chegaram aos locais, eles
receberam os itens, além do uniforme.
O kit de higiene recebido pelos golpistas presos contém
sabonete, creme dental e escova de dente. Já o kit recebido pelas mulheres
também contém absorventes. Ao chegarem na prisão, eles ainda passaram por uma
triagem médica, em que fizeram exames e foram vacinados.
A chegada e o dia a dia na prisão
Os bolsonaristas presos foram divididos em celas de tamanhos
diferentes, tendo cada uma recebido um número de detentos distinto por conta
disso. Em cada cela há um banheiro e camas feitas de concreto, para evitar que
qualquer item seja arrancado e utilizado em atos de violência.
Café da manhã;
Almoço;
Café da tarde;
Jantar.
Todas as refeições são diferentes a cada dia e incluem itens
como suco e achocolatados de caixinha. Apesar disso, bolsonaristas começaram a
espalhar diversas fake news sobre os locais onde os golpistas foram presos.
Depois da prisão dos bolsonaristas que participaram dos atos
de vandalismo em Brasília, outros apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro
começaram a espalhar diversas notícias falsas sobre maus tratos que os
manifestantes estariam sofrendo na prisão.
Essa não é a primeira vez que o grupo espalha notícias falsas
pelas redes sociais. O kit de higiene entregue aos detentos, por exemplo,
lembra a famosa notícia falsa do “kit gay”, que Bolsonaro e seus apoiadores
afirmavam que o PT distribuía nas escolas.
A notícia falsa do “kit gay” começou a circular em 2018,
durante a campanha presidencial de Bolsonaro, para atacar o então candidato à
presidência do PT, Fernando Haddad. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
confirmou que a notícia era falsa e pediu a suspensão de links em sites e redes
sociais com o termo.