Alan Diego dos Santos Rodrigues se entregou em MT; foragido da Justiça, ele compartilhou vídeos dos atos golpistas na capital federal (Por Alfredo Mergulhão e Paulo Assad)
Santos também participou de um protesto antidemocrático realizado no Park Shopping, na capital federal. Os participantes questionavam, mais uma vez, o resultado das eleições presidenciais.
Em 7 de dezembro, Santos compartilhou uma foto da Câmara dos Deputados. Ele aparece na imagem ao lado do parlamentar bolsonarista Hélio Lopes (PL).
Santos também estava presente no primeiro discurso de Bolsonaro após a derrota nas urnas para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após 37 dias sem se manifestar publicamente, em 9 de dezembro o ex-presidente rompeu o silêncio e se dirigiu a apoiadores que se aglomeraram diante do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.
O último vídeo compartilhado por Santos nas redes sociais é de 20 de dezembro do ano passado, quatro dias antes de um artefato explosivo ser encontrado pelo motorista de um caminhão de combustível nas proximidades do aeroporto de Brasília. O objetivo da tentativa de atentado seria provocar uma intervenção das Forças Armadas e o impedimento da posse de Lula.
Santos, George Washington e Wellington Macedo são réus pelo crime de explosão, quando se expões "a perigo a vidam na integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos". A pena é de três a seis anos de prisão e pagamento de multa.
O jornalista está foragido da Justiça. Ele estava em prisão domiciliar mas retirou, de forma ilegal, a tornozeleira eletrônica que usava. Ele já havia sido preso pela Polícia Federal em setembro de 2021, suspeito de articular e financiar um ato antidemocrático no dia 7 de setembro daquele ano.
George Washington foi preso em dezembro e é apontado como o responsável por montar a bomba. Santos recebeu o artefato e levou até o local com a ajuda de Macedo.