Polícia Federal investiga plano para matar presidente encontrado em troca de mensagens com um dos envolvidos no atentado a bomba no Aeroporto de Brasília, em dezembro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva toma posse em Brasilia
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse nesta sexta-feira que a Polícia Federal encontrou uma troca de mensagens que sugere um plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a posse, no dia 1º de janeiro. Em entrevista ao Estadão, o ministro contou que investigadores encontraram o plano de dar um tiro de fuzil, a longa distância, em uma troca de mensagens com um dos envolvidos no atentado a bomba no Aeroporto de Brasília, em dezembro.
Esse cidadão que está preso, da bomba, do aeroporto, no dia 24 (de dezembro), ele estava fazendo treino e obtendo instruções de como dar um tiro de fuzil de longa distância. Ele estava obtendo informações. Há um diálogo dele em que ele procura informações de qual o melhor fuzil, qual a melhor mira para tantos metros de distância — disse o ministro ao jornal.
Ao ser questionado de que as mensagens não citam Lula, Dino diz que dá para entender que "havia atos preparatórios para a execução de um tiro que ia ser um tiro no dia da posse de Lula".
Mas dias antes ele dá a entender, né? Porque pergunta: “Qual o fuzil que é mais adequado para tal distância?”; “E a tal mira?” Aí o instrutor diz: “Não, essa mira é melhor”. Ou seja, havia atos preparatórios para a execução de um tiro que ia ser um tiro no dia da posse de Lula.
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No dia 24 de dezembro de 2022, a Polícia Civil do Distrito Federal prendeu o bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa. Segundo a polícia, ele e outros bolsonaristas acampados no QG do Exército em Brasília foram os responsáveis por colocar uma bomba em um caminhão de combustível que se dirigia ao aeroporto da capital federal. Ainda de acordo com a investigação, George teria montado o explosivo e entregue a outra pessoa.
O artefato foi colocado em um caminhão de combustível, mas o motorista do veículo percebeu o objeto estranho e acionou a polícia. O explosivo foi desmontado, e George Washington, preso.