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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante a sessão de abertura do ano legislativo

O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi reeleito presidente do Senado nesta quarta-feira, num resultado que representa também uma vitória para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Por 49 votos a 32, Pacheco venceu Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro de Jair Bolsonaro, que teve apoio da ala bolsonarista da Casa e que conseguiu angariar votos nos últimos dias da disputa.

O político continuará no cargo por mais dois anos, até 2025 — ele assumiu o posto em 202. O senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que chegou a lançar a sua candidatura, desistiu da disputa na última hora e declarou voto em Marinho.

O Palácio do Planalto atuou de forma intensa pela reeleição de Pacheco e evitar a vitória da oposição, o que poderia comprometer a governabilidade do novo governo. O presidente orientou o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA), a buscar o voto de parlamentares que se diziam indecisos.

A vitória no Senado era considerada fundamental pelo Palácio do Planalto, pois a Casa tem prerrogativas como analisar indicação de embaixadores, de diretores de agência e ministros de tribunais superiores, além de também ter o poder de articular comissões parlamentares de inquérito que podem se virar contra o governo. Cabe ainda ao presidente do Congresso, que também é o do Senado, conduzir a sessão que aprova o Orçamento da União.

Em sua campanha à reeleição, Pacheco e seus aliados apostaram no discurso em defesa da democracia, em oposição a Marinho, associado ao bolsonarismo.

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