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A alta cúpula está irritada com o caso, sobretudo pelas possíveis consequências que as investigações da Polícia Federal (PF) podem trazer para a imagem das Forças
Jair e Michelle Bolsonaro

O envolvimento de quatro militares no caso das joias de R$ 16,5 milhões da Arábia Saudita destinadas ao casal Bolsonaro como suposto presente, sem declarar aos Fisco e ainda a tentativa de reaver as peças por parte do ex-presidente, preocupa a cúpula das Forças Armadas.

Segundo a colunista Bela Megale, de O Globo, os militares de alta patente estão irritados com o escândalo, sobretudo pelas possíveis consequências que as investigações da Polícia Federal (PF) podem trazer para a imagem das Forças.

São quatro militares envolvidos diretamente no escândalo: o almirante de esquadra da Marinha e ex-ministro Bento Albuquerque, o primeiro-tenente da Marinha e ex-assessor de Bento, Marcos Soeiro, o tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordem de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, e o primeiro-sargento da Marinha, Jairo Moreira da Silva.

Leia mais: Carta enviada a sauditas revela mentira sobre destino das joias

Outra preocupação é o desgaste com a exposição do uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) na tentativa de Bolsonaro de reaver as joias, “assim como o transporte de fuzil e pistola nas aeronaves militares durante o governo passado”.

“Para eles, a situação pode se agravar ainda com o desdobramento das investigações da Polícia Federal que apura crimes como descaminho e advocacia administrativa, entre outros”, revelou a colunista.

A alta cúpula ordenou silêncio sobre o caso entre os militares. O ex-ajudante de Bolsonaro de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, por exemplo, já foi alvo de queixas do comando do Exército, por ter falado publicamente sobre o caso.

“Nesta semana, a tensão segue alta na caserna sobre as consequências que depoimentos à PF podem trazer à imagem das Forças”, diz a jornalista.

 Com

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