O ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Espen Barth
Eide, disse nesta quarta-feira (22) que o Brasil está retomando a liderança
global que já teve, no que se refere à questão ambiental. A declaração foi dada
durante o encontro que teve com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima,
Marina Silva.
Os dois ministros divulgaram uma declaração conjunta na qual
reafirmaram a parceria bilateral em clima e florestas, iniciada em 2008, com o
lançamento do Fundo Amazônia, pelo Brasil; e da Iniciativa Internacional para o
Clima e Florestas (NICFI), pela Noruega.
“Por meio do Memorando de Entendimento bilateral de 2008, a
Noruega apoiou o Fundo Amazônia, que se tornou modelo para várias outras
parcerias bilaterais. Nos anos seguintes, o Brasil continuou a alcançar uma
redução notável do desmatamento na Amazônia e apresentou um dos mais
importantes resultados de mitigação climática do mundo”, disse, em nota, o MMA.
Liderança global
Barth Eide disse à ministra brasileira que “o Brasil mostrou
liderança global no passado e está fazendo isso novamente agora”. Ainda segundo
o norueguês, a comunidade internacional não deve poupar esforços para mobilizar
todas as ferramentas e recursos disponíveis para fazer parceria com o governo
brasileiro. Ele reforçou que a Noruega está “profundamente comprometida em
permanecer como um parceiro próximo e de longo prazo do Brasil”.
Tanto Barth Eide como Marina Silva defenderam uma
“operacionalização rápida dos recursos disponíveis no Fundo Amazônia para
apoiar as necessidades críticas identificadas pelo Brasil para reduzir o desmatamento
e promover o desenvolvimento sustentável e inclusivo na Região Amazônica”.
O ministro norueguês disse que seu país vai apoiar o Brasil
na mobilização de recursos adicionais para o Fundo Amazônia, bem como para
aumentar cooperação, investimentos e financiamentos público e privado.
“Nesse contexto, ambas as autoridades se comprometeram a trocar pontos de vista sobre a melhor forma de aproveitar as oportunidades emergentes de diferentes abordagens, incluindo pagamentos baseados em resultados e mercados jurisdicionais de carbono”, informou o MMA.