Parte desse valor seria usado para capitalizar a Fundação Lava Jato, que foi proibida pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ)O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) busca R$ 2,8 bilhões que
a Lava Jato fez desaparecer. A operação arrecadou o valor por meio de acordos
de leniência e colaboração premiada, mas somente R$ 200 milhões foram
registrados. Agora, o órgão quer saber qual foi o destino dos recursos. A
informação é do Blog do Esmael Moraes.
Inicialmente, o CNJ acreditava que o valor desaparecido
somava R$ 300 milhões, mas planilhas bancárias da 13ª Vara Federal de Curitiba
aponta o desfalque de quase R$ 3 bilhões. Os arquivos apontam que o montante
vinha de acordos de leniência da Brasken e de outras empresas.
Parte desse valor seria usado para capitalizar a Fundação
Lava Jato, que foi proibida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O dinheiro
deveria ficar sob guarda do Judiciário até que uma decisão fosse proferida ou
que houvesse determinação para o destino dos recursos.
O valor foi entregue por meio de depósitos judiciais, valores
em dinheiro ou bens entregues ao Judiciário por determinação legal. O dinheiro
é enviado a uma conta específica mantida por um tribunal ou por uma vara
responsável pelo caso que gerou aquele valor.
A descoberta do valor foi feita em correição extraordinária
da 13ª Vara Federal de Curitiba e do Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(TRF-4), responsáveis pelos processos da Lava Jato. O corregedor nacional de
Justiça, Luís Felipe Salomão, quer analisar a origem e destinação de recursos
da operação e pode pedir as quebras de sigilo do senador Sergio Moro (União-PR)
e do deputado cassado Deltan Dallagnol.