Dentre os valores, 367 mil foram encaminhados em 12 de janeiro deste ano a contas nos Estados Unidos
Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o
tenente-coronel Mauro Cid é acusado pelo Conselho de Controle de Atividades
Financeiras (Coaf) de ter movimentado 3,2 milhões de reais entre junho de 2022
e janeiro de 2023 – volume “incompatível com o patrimônio (…) e capacidade
financeira” do militar, segundo o órgão do governo responsável pelo combate à
lavagem de dinheiro.
O caso foi noticiado pela imprensa brasileira nesta
quinta-feira (28/07).
Contas controladas pelo outrora braço-direito de Bolsonaro
teriam registrado entrada de 1,8 milhão e saída de outros 1,4 milhão, aponta o
Coaf em relatório enviado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que
investiga os atos golpistas do 8 de Janeiro.
Dentre os valores, 367 mil foram encaminhados em 12 de
janeiro deste ano a contas nos Estados Unidos – mesmo período em que ele e
Bolsonaro se encontravam no país. O ex-presidente havia deixado o Brasil no
apagar das luzes do seu mandato, retornando somente três meses depois.
O Coaf levanta suspeitas de sonegação fiscal, ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro contra o Cid.
O militar já é investigado por suspeita de fraudar comprovantes vacinais emitidos em nome do ex-presidente e familiares, razão pela qual está preso desde 3 de maio, bem como por envolvimento em uma suposta trama golpista.
A defesa de Cid nega ilegalidade nas transações.