Partido comandado por Gleisi Hoffmann saltou de 183 para 234 administrações municipais, desde que Lula voltou à presidência
Luiz Inácio Lula da Silva e Gleisi Hoffmann (Foto: Ricardo Stuckert)
O Partido dos Trabalhadores (PT) está experimentando um notável crescimento em suas fileiras, impulsionado pelo chamado "efeito Lula" após a vitória do presidente nas eleições do ano passado. Em um movimento estratégico visando as eleições municipais de 2024, o partido abriu suas portas para novos filiados, registrando a migração de 51 prefeitos, incluindo alguns do Partido Liberal (PL), ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Os números revelam um aumento significativo, elevando o total de prefeituras sob comando petista de 183 para 234, segundo reportagem da Folha de S. Paulo.
Esse crescimento não é uniforme, sendo particularmente marcante nos estados do Piauí, Ceará e Bahia, todos governados por membros do PT. No entanto, o fenômeno também se estendeu a outros estados, como Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Maranhão e Mato Grosso do Sul, indicando uma expansão mais ampla. A projeção é de que o número de prefeitos filiados ao PT continue a crescer até abril de 2024, prazo final para novas filiações visando as próximas eleições municipais.
O processo de atração de novos membros parece estar relacionado ao cenário político nacional e ao prestígio do presidente Lula. Analistas apontam que a autonomia dos prefeitos, aliada a custos baixos para migração partidária, contribui para essa movimentação, especialmente em municípios mais dependentes de recursos federais. O desafio para o PT será manter o ímpeto positivo, enfrentando disputas locais e garantindo a coesão interna diante das diferentes filiações e backgrounds ideológicos dos novos membros. O partido enfrentará um teste crucial nas eleições de 2024, quando a consolidação desse crescimento será posta à prova.
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