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O debate que permeia a discussão sobre o empréstimo proposto pela prefeitura de Mari ao BNDES não pode ter relevância meramente política, porque assim o sendo não estará na mesa de discussão o aspecto técnico da captação dos recursos.

Do ponto de vista político podemos afirmar que a oposição está cumprindo seu papel de ser contra ao empréstimo, porque ser oposição – na concepção de alguns – é ser contra a tudo que o governo propõe; é buscar a falha onde ela não exista.

Mas, até para ser oposição é preciso ser competente o suficiente para convencer a opinião pública de que o que estão dizendo de fato consiste em verdade, o que parece não ser o caso da discussão em tela. É um tanto sensacionalista o discurso panfletário da oposição, seja pelo uso da linguagem [sepultar o município, prefeito não é dono da cidade], seja pela falta de argumentação técnica, baseada em dados e números que confrontem a proposta do empréstimo e nesse aspecto o governo começa a ganhar fôlego no discurso ao apresentar modelos de outros municípios que se apropriaram da oportunidade de atrair investimentos através do BNDES e transformaram a realidade dessas localidades. Afinal, quem seria contra o desenvolvimento de toda uma cidade apenas por ser oposição, não é mesmo?

Um outro argumento que poderia ser elencado pelo governo é a capacidade técnica de endividamento do município junto ao BNDES. Não é qualquer município que tem crédito na praça para adquirir um montante desses de recursos sem ter credibilidade financeira para tal. Ressalte-se que o BNDES é um banco estatal de desenvolvimento que financia projetos de alto alcance social e que no governo Lula o Banco Nacional de Desenvolvimento Social tem buscado implementar uma política de desenvolvimento voltada para os municípios.

Para ‘fechar o firo’, o governo poderia esmiunçar os projetos a serem financiados pelos recursos, os benefícios que esses projetos poderiam trazer para a sociedade e concluir alegando que o tempo de carência que teria para iniciar o pagamento do referido empréstimo é o tempo suficiente para se programar financeiramente.

Se quisesse, o governo ainda poderia questionar a oposição quanto a sustentação técnica que ela tem para afirmar que o município será sepultado, ou qual estudo técnico tem que aponte para a verdade desse argumento ilógico.

Portanto, vale ressaltar que diante de toda essa discussão a oposição tem uma razão contundente: “o prefeito não é dono da cidade” e isso é uma verdade inquestionável, mas essa premissa vale também para ela que tem tentado se comportar como dona da cidade, sem permitir o direito legítimo do governo explicar as circunstâncias do empréstimo, tentando sequestrar a narrativa e apresentá-la a opinião pública a partir de seu ângulo de visão.

Nessa discussão é mister afirmar que o povo não deve ser enganado por sensacionalismo e/ou intenções impublicáveis, nem pelo governo, nem pela oposição!

 Com

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