Os setores de serviços, construção e comércio foram os principais impulsionadores
(Foto: Ricardo Stuckert)A região Nordeste emergiu como destaque na geração de
empregos em 2023, superando o Sul do país, de acordo com análise divulgada pela
colunista de Economia de O Povo, Beatriz Cavalcante, baseada em dados do
Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) vinculado ao Banco
do Nordeste (BNB).
Os setores de serviços, construção e comércio foram os
principais impulsionadores, contribuindo para a criação de 272.778 postos de
trabalho formais na região.
O relatório revela que o Nordeste se tornou a segunda região
que mais gerou empregos no país, ultrapassando o Sul, graças à combinação de
recuperação econômica e controle eficaz da pandemia da Covid-19. Mesmo com o
fechamento negativo em dezembro de 2022, o saldo líquido de empregos em 2023
foi positivo.
No cenário nacional de expansão de vagas, o Nordeste manteve
o terceiro maior estoque de empregos, contribuindo com 16,5% do total nacional.
Além do destaque na empregabilidade, o relatório aborda o superávit na balança
comercial do agronegócio nordestino, que atingiu US$ 9.206,5 milhões até
outubro de 2023. As exportações do setor cresceram 3,6%, somando US$ 10.926,2
milhões, enquanto as importações registraram queda de 22,5%, totalizando US$
1.719,6 milhões.
Outros indicadores positivos incluem a redução do índice de
endividamento no Nordeste no segundo quadrimestre de 2023, contrastando com o
aumento nacional. No entanto, o relatório aponta uma variação negativa de 0,84%
na cesta básica em outubro, com feijão, tomate e banana sendo os principais
responsáveis pela deflação.
A resolução conclui destacando o desempenho positivo da região em diversos setores, evidenciando sua capacidade de superar desafios e impulsionar o crescimento econômico em âmbito nacional.
Imagem ilustrativa