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 Caso ex-presidente seja condenado por todos os seus crimes, ele seria preso e não poderia mais disputar eleições

   Paulo Gonet (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

A investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado no Brasil avançou consideravelmente, apertando o cerco contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Isso deve resultar na Procuradoria-Geral da República oferecendo uma denúncia formal em breve, segundo reportagem do Valor. Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que há elementos suficientemente fortes para uma possível ordem de prisão preventiva, especialmente após a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 5 de julho de 2022. A ação da Polícia Federal, no âmbito da operação "Tempus Veritatis", conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, visou Bolsonaro e seus principais aliados, resultando em prisões e detenções, incluindo a do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, por porte ilegal de arma.

Quatro pessoas permanecem presas, incluindo ex-assessores de Bolsonaro e militares, acusados de participar de um esquema que buscava atacar a democracia. A investigação apontou que Bolsonaro teve uma participação ativa na elaboração da "minuta do golpe", que visava interferir no Poder Judiciário para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A expectativa nos bastidores do STF é que a denúncia da PGR seja acelerada, mas a prisão preventiva de Bolsonaro, por enquanto, não está em consideração, segundo fontes próximas às investigações. A possibilidade de prisão só surgiria se Bolsonaro fosse condenado pelo Supremo, o que só aconteceria em caráter definitivo.

A pena para os crimes investigados pode ser severa. Bolsonaro pode enfrentar até 23 anos de prisão e ficar inelegível até 2047, segundo especialistas. A aceleração do processo por parte da PGR pode indicar um desfecho mais próximo para essa crise política e judicial que abalou o país. Resta agora acompanhar os desdobramentos desse caso que tem implicações significativas para o futuro político do Brasil.

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