PUBLICIDADE

ECONOMIA

CUITEGI

FOTOS

EMPREGOS

 Ex-presidente assumiu que “tem amizades com chefes de Estado que estão preocupados”. Tentativa de escapar da Justiça é motivo clássico para decretação de prisão preventivaCréditos: Reprodução/Youtube CNN Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou que esteve na embaixada da Hungria, em Brasília, permanecendo lá por dois em fevereiro, após ter seu passaporte apreendido no dia 8 daquele mês e ver dois de seus assessores mais próximos serem presos pela Polícia Federal, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Na prática, o ato de Bolsonaro foi uma fuga, uma vez que pelo princípio da extraterritorialidade (o imóvel é considerado território húngaro) estava fora do alcance da Justiça e não poderia ser retirado de lá sem autorização do governo de Budapeste. O presidente húngaro, Viktor Orbán é amigo dele e também de extrema direita.

“Não vou negar que estive na embaixada sim. Não vou falar onde mais estive. Mantenho um círculo de amizade com alguns chefes de estado pelo mundo. Estão preocupados. Eu converso com eles assuntos do interesse do nosso país. E ponto final. O resto é especulação”, disse Jair Bolsonaro à coluna do jornalista Igor Gadelha, do portal Metrópoles.

Diante da nova conduta do ex-ocupante do Palácio do Planalto, que é investigado por orquestrar uma tentativa de golpe de Estado entre o final de 2022 e o começo de 2023, após perder a reeleição para o presidente Lula (PT), cresceu significativamente a pressão de juristas, políticos e das redes sociais para a decretação de sua prisão preventiva, já que a escapada para a embaixada da Hungria configura de forma clássica uma ação para sair do alcance da Justiça.

“Se havia alguma dúvida sobre a necessidade de decretação da prisão preventiva, acabou agora. O ânimo de subtrair-se à ação penal está evidente”, postou o jurista Marcelo Semer, ex-presidente da entidade Juízes para a Democracia.

“A ação de Bolsonaro de se esconder na embaixada é um clássico motivo para decretação de prisão preventiva. É uma daquelas situações usadas como exemplo em livros e nas salas de aula”, escreveu Augusto de Arruda Botelho, também jurista e ex-secretário Nacional de Justiça.

“A informação de que Bolsonaro ficou dois dias na embaixada da Hungria depois da operação da PF indica a sua intenção de fugir. Como está clara e evidente então essa intenção, está mais do que justificada agora a sua prisão preventiva”, disse o cientista político Caio Barbosa, doutor pela USP e pesquisador visitante de Harvard.

“Bolsonaro covarde se escondeu 2 dias na embaixada da Hungria após a mega operação contra os golpistas em fevereiro deste ano. Tem que ser preso imediatamente. Está planejando uma fuga”, se manifestou o deputado federal Lindbergh Faria (PT-RJ).

Com informações do

3
0 Comentários

Postar um comentário