O ex-coach é a prova de que a extrema-direita sempre tem alguém pior - moral, política e eticamente falando - para apresentar à SociedadeDatena deu a Marçal o que ele queria: uma agressão. Créditos: Reprodução Vídeo TV Cultura
Quando José Luiz Datena metaforicamente perdeu a cabeça e
literalmente tentou acertar a cabeça de Pablo Marçal, o ex-coach, assustado,
comemorou, sem externar, sua vitória.
Havia conseguido aquilo que buscava desde o primeiro debate:
desestabilizar rivais e conseguir um gesto agressivo para gerar cortes nas
redes sociais. Se viesse acompanhado de um corte verdadeiro, de algum sangue,
uma gota que fosse, seria muito melhor.
Quase conseguiu com Boulos na Bandeirantes, chegou muito
perto com o próprio Datena na Gazeta e agora - aleluia - recebeu o que buscava.
Fala em tentativa de homicídio, coloca fotos com máscara de oxigênio no
hospital etc.
Marçal nunca quis debater. Ao contrário, sempre quis
sequestrar o debate.Como quer sequestrar o debate. Ele é mais danoso que
Bolsonaro. O ex-presidente está preocupado em atacar Alexandre de Oliveira, em
busca de uma anistia que o tire da cadeia. Precisa do Centrão. Faz parte do
Sistema, aí contrário do início da carreira.
Marçal, não. Está livre e solto para afrontar a Democracia e
se colocar o novo "sou contra tudo que está aí". Nada melhor para
corroborar sua tese do que ser agredido por alguém do "Sistema"
A extrema direita se renova. Sempre para pior. Marçal é pior que Bolsonaro, que era pior que Maluf. Jânio Quadros, perto deles, era apenas um folclórico. Imaginem o que virá depois de Marçal.