Kids pretos são apontados pela PF como autores do plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes
A Polícia Federal aponta integrantes dos kids pretos como responsáveis pela elaboração de um plano golpista que incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice, Geraldo Alckmin, e do próprio Moraes. O depoimento ao ministro foi concedido no dia 21 de novembro, quando sua delação premiada foi validada pelo magistrado após a Polícia Federal apontar omissões.
Procurada pela reportagem de O Globo, a defesa de Braga Netto disse que não iria se manifestar sobre o assunto. Sobre o plano golpista, os advogados do general informaram não ter tomado “conhecimento de documento que tratou de suposto golpe e muito menos do planejamento para assassinar alguém. Dessa forma, o general não coordenou e não aprovou plano qualquer e nem forneceu recursos para tal”. A defesa de Cid, por sua vez, não quis comentar.
De acordo com pessoas que tiveram acesso ao depoimento de
Cid, na versão apresentada pelo tenente-coronel a Moraes, o ex-ajudante de
ordens “jogou toda responsabilidade” da relação de Bolsonaro com os kids pretos
em Braga Netto.
Ao longo da investigação, a PF apontou que oficiais das Forças Armadas, ministros do governo e assessores de Bolsonaro participaram de reuniões na qual discutiram a possibilidade de dar um golpe de Estado, que, segundo a PF, não se concretizou porque não teve o aval dos então comandantes do Exército e da Aeronáutica.
O general Marco Antônio Freire Gomes e o brigadeiro Carlos de
Almeida Baptista Júnior, chefes das respectivas Forças, prestaram depoimento à
PF no qual relataram que Bolsonaro apresentou um documento que previa as
hipóteses de instaurar Estado de defesa ou de sítio, além de dar início a uma
operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Da Redação