No Senado, a sessão está marcada para as 10h, enquanto na Câmara ocorrerá às 16h. Os favoritos na disputa são Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB), que contam com amplos apoios políticos.
A sessão no Senado está marcada para as 10h, enquanto a votação na Câmara acontece às 16h. No cenário atual, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) é apontado como favorito para comandar o Senado, enquanto Hugo Motta (Republicanos-PB) lidera a disputa pela presidência da Câmara. Confira o perfil dos principais candidatos.
Disputa pelo Senado
Davi Alcolumbre (União Brasil-AP)

Ex-presidente do Senado (2019-2021), Davi Alcolumbre busca retornar ao cargo com forte apoio político. Conhecido por sua habilidade de articulação nos bastidores, ele consolidou alianças estratégicas e controla a distribuição de emendas e cargos, o que fortalece sua candidatura.
Alcolumbre conta com o respaldo de nove dos 12 partidos representados na Casa e o apoio de pelo menos 76 senadores — um número expressivo que torna sua eleição praticamente certa. Sua proposta é atuar como um moderador, garantindo equilíbrio entre os interesses do Executivo e do Legislativo.
No entanto, o parlamentar enfrenta desafios, como o cerco do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as regras de distribuição de emendas parlamentares, um dos pilares de sua influência.
Marcos Pontes (PL-SP)

Senador por São Paulo e ex-ministro da Ciência e Tecnologia do governo Bolsonaro, Marcos Pontes aposta em sua imagem pública como primeiro astronauta brasileiro para se viabilizar na disputa. No entanto, sua candidatura não conta com o apoio integral do PL, que tende a apoiar Alcolumbre nos bastidores.
Sem uma base consolidada de alianças, Pontes tem chances reduzidas de sucesso.
Marcos do Val (Podemos-ES)

Com um discurso voltado para segurança pública e transparência, Marcos do Val tenta se colocar como alternativa no Senado. Entretanto, a falta de apoio partidário enfraquece sua candidatura, tornando improvável sua vitória.
Eduardo Girão (Novo-CE)

Senador pelo Ceará, Eduardo Girão representa o campo conservador na disputa. Ele critica o que chama de “sistema político tradicional” e defende a independência do Senado em relação ao governo federal.
Apesar de seu discurso combativo, Girão tem pouco apoio dentro da Casa e sua candidatura é considerada simbólica.
Corrida pela Câmara
Hugo Motta (Republicanos-PB)

Deputado federal pela Paraíba, Hugo Motta é apontado como o principal candidato à presidência da Câmara. Com apenas 35 anos, ele pode se tornar o mais jovem presidente da Casa. Seu histórico político está atrelado ao Centrão, grupo que detém grande influência no Congresso.
Motta tem o apoio de 18 partidos, incluindo legendas de espectros ideológicos opostos, como PL e PT. O aval do atual presidente da Câmara, Arthur Lira, fortalece sua candidatura.
Ele promete manter diálogo com governo e oposição, garantindo previsibilidade às votações e reforçando as prerrogativas dos deputados.
Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ)

Deputado federal pelo Rio de Janeiro, Henrique Vieira é pastor, ator e ativista social. Sua candidatura representa a ala progressista e defende pautas como direitos humanos, participação popular e transparência.
Seguindo a tradição do PSOL de lançar candidaturas próprias para marcar posição política, Vieira não tem chances reais de vencer, mas sua presença no pleito é uma forma de dar voz a setores sociais minoritários.
Marcel van Hattem (Novo-RS)

Deputado pelo Rio Grande do Sul, Marcel van Hattem é o nome da oposição ao bloco do Centrão. Com um discurso voltado para o fim dos “acordões políticos” e a defesa da transparência, ele se posiciona contra a hegemonia do grupo que controla a Câmara.
No entanto, sua candidatura enfrenta dificuldades devido à baixa representatividade do partido Novo, que tem apenas quatro deputados na Casa. Assim, suas chances de vitória são mínimas.
Da Redação