Wladimir Soares aparece em relatório da PF como o agente que teria se infiltrado na segurança de Lula para dar informações a golpistas
A investigação indicou que o agente teria se infiltrado na segurança de Lula e
atuado como “elemento auxiliar do núcleo vinculado à tentativa de golpe de
Estado”.
Ele seria o responsável por repassar informações a um grupo
golpista. A decisão de Moraes ocorre após manifestação da Procuradoria-Geral da
República pela manutenção da prisão.
Entenda o que ocorreu:
- Em
novembro de 2024, Moraes tirou sigilo do relatório da PF que pede
indiciamento de 37 pessoas, incluindo Jair Bolsonaro. Todo o mateiral foi
encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que analisa se
apresentará denúncia contra os indiciados. Após esse relatório, os nomes
de mais três pessoas foram incluídos no indiciamento.
- No
documento, a PF mostrou que um de seus agentes, Wladimir Matos Soares, foi
preso diante da acusação de se infiltrar na segurança do presidente eleito
Luiz Inácio Lula da Silva para repassar informações sensíveis a um grupo
golpista.
- “Assessor
especial do gabinete pessoal do Presidente da República revelaram que o
mencionado policial federal se inseriu no contexto de atuação da criminosa
ao fornecer informações relativas à segurança do candidato eleito Luís
Inácio Lula da Silva”, destacou a corporação no documento.
Wladimir, como aponta relatório da PF, encaminhou mensagens
para Sérgio Rocha Cordeiro, “pessoa com vínculo imediato com pessoas relevantes
em torno dos fatos apurados” e assessor da Presidência da República durante o
governo de Jair Bolsonaro. Entre os detalhes repassados estaria a presença de
policiais de força tática na equipe de segurança.
O policial federal ainda teria se colocado à disposição para
atuar no golpe de Estado. “Eu e minha equipe estamos com todo equipamento
pronto p ir ajudar a defender o Palácio e o presidente. Basta a canetada sair
!”, disse a Sérgio (sic).
“Desta forma, o investigado, aproveitando-se das atribuições
inerentes ao seu cargo no período entre a diplomação e posse do governo eleito,
repassou informações relacionadas à estrutura de segurança do presidente Lula
para pessoas próximas ao então presidente Jair Bolsonaro, aderindo de forma
direta ao intento golpista”, informou a PF.
O plano “Punhal Verde e Amarelo”, interceptado pelos
investigadores, tinha no planejamento a morte do então presidente leito Luiz
Inácio Lula da Silva por envenenamento ou uso de químicos para causar um
colapso orgânico.
A Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal em
19/11, foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. A ação visa
desarticular organização criminosa que teria planejado golpe de Estado em 2022
para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e atacar o STF.
Exame médico
Na mesma decisão desta segunda-feira (27/1), Moraes
determinou à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito
Federal que proceda, no prazo de cinco dias, à realização de exame médico-legal
em Wladimir.
O exame deve verificar o estado de saúde do policial federal,
além de indicar o tratamento necessário a ele. Pede ainda para informar se a
unidade prisional ou o Hospital Penitenciário tem condições de fornecer
eventual tratamento ao custodiado.
Da Redação