Francisco Rodrigues Lemos foi preso dentro da Igreja Espírito Santo, no Sol Nascente, na última quarta-feira (22/1). O Correio apurou com exclusividade que ao menos sete crianças com idades entre 11 e 13 anos foram vítimas do religioso
O Correio apurou com exclusividade que ao menos sete crianças com idades entre 11 e 13 anos foram vítimas do religioso por cerca de um a dois anos - (crédito: Redes sociais )Na última quinta-feira (23/1), o Correio noticiou em primeira mão que o pastor evangélico Francisco Rodrigues Lemos, 44 anos, foi preso pela PCDF dentro da Igreja Espírito Santo, no Sol Nascente após denúncias de que teria abusado de menores que frequentavam o local. A polícia suspeita que o pastor tenha feito outras vítimas além das que já o denunciaram.
O Correio apurou com exclusividade que ao menos
sete crianças com idades entre 11 e 13 anos foram vítimas do religioso por
cerca de um a dois anos. O pastor se aproveitava de locais reservados nos
templos e do oferecimento de caronas para a casa para cometer os crimes.
“Testar parte carnal”
Para cometer os abusos, Francisco dizia às vítimas que o ato
seria necessário para “testar a parte carnal” e ajudá-las a “vencer os desejos
da carne”. Chantagens emocionais faziam parte do jogo orquestrado pelo abusador
para constranger as crianças.
Segundo as investigações, ele tentava fazer com que as
vítimas acreditassem que eram elas que estavam o abusando. “Você está querendo
acabar com o meu casamento, me seduzindo. Você não vai conseguir acabar com o
meu casamento”, dizia o pastor.
No rol de ameaças, convencia as meninas a apagar todas as
mensagens de WhatsApp. Para a polícia, Francisco é considerado um predador
sexual sequencial de crianças e adolescentes. Ele é suspeito de ter
cometido crimes semelhantes em 2013, 2015 e 2017.
O religioso também pastoreava uma filial da Igreja Universal
do Reino de Deus, no Bairro Morro Azul, em São Sebastião. Por nota
oficial, a Igreja Universal se manifestou e esclareceu que o
desligamento se deu pelo fato do suspeito ter violado o regimento interno
da instituição e os padrões bíblicos observados, ao praticar desvio de conduta,
"o que a igreja considera gravíssimo, fere os bons costumes e é
completamente incompatível com a atividade pastoral".
"Reforçamos ainda que, se em algum momento, no período em que esteve
conosco como um oficial, tivessem emergido acusações de crimes, como esses
trazidos na publicação em questão, a Universal teria, prontamente, denunciado
os mesmos às autoridades competentes, pois ela jamais se silenciaria diante de
tal situação", reforçou a Universal.
Da Redação