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 Em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia, ex-presidente disse que ‘romance não dá mais’, sobre literatura

 O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira não ter tempo para ler livros e que se informa por mensagens no aplicativo WhatsApp. Bolsonaro disse que, em vez de obras, prefere dedicar seus dias a outras leituras, como os acordos comerciais entre China e Brasil. A declaração foi dada nesta manhã, em entrevista à Rádio Bandeirantes de Goiânia.

Bolsonaro foi questionado sobre qual foi o último livro que teria lido.

Livro eu não leio mais, não dá, não tenho tempo. Sou sincero. Eu tenho rede de Zap (WhatsApp) e informações. A China assinou com o Brasil 37 acordos. Esses eu tenho que ler, não dá para ler romance mais. Estou com 69 anos, acabei de ler 500 e poucas páginas: relatório do Congresso americano sobre Covid e vacina — respondeu.

Ainda na seara cultural, Bolsonaro também disse não assistir a filmes:

 Não dá. Só vejo futebol.

Ao comentar a indicação de “Ainda estou aqui”, de Walter Salles, como “Melhor filme” no Oscar, Bolsonaro não fez críticas ao enredo, que aborda o desaparecimento do ex-deputado Rubens Paiva pela ditadura militar, mas disse que a história de militares executados também deveria ser retratada.

 Por que Rubens Paiva? Essa família tem uma fazenda em Eldorado Paulista, minha cidade. Era uma família bem de vida, passavam férias lá. Em 8 de maio de 1970, quando [Carlos] Lamarca [guerrilheiro] passou pela cidade, o tenente Alberto Mendes Júnior foi executado a coronhadas (…) Contar história da ditadura militar, tudo bem, mas conte os dois lados. Teve excesso? Teve excesso.

Neste momento, o ex-presidente fez uma comparação entre os excessos da ditadura militar e as prisões dos envolvidos nos ataques antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023.

Agora a gente luta pela anistia das pessoas condenadas com a Bíblia debaixo do braço e com a bandeira nas costas  disse.

Também na entrevista, ao ser questionado se tomaria vinho com seu adversário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro negou e respondeu que prefere beber o refrigerante Coca-Cola.

 

Da Redação

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