Cotada a R$ 5,7712, cotação da moeda foi afetada por acordo tarifário dos EUA, decisão do Copom e cenário doméstico estável como fatores-chave
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Nesta terça-feira, a moeda recuou 0,76%, um patamar
relevante. Para Fábio Astrauskas, economista e CEO da Siegen, a desvalorização
está ligada ao recente acordo tarifário dos Estados Unidos com
o México e o Canadá. “A rápida mudança na guerra tarifária alterou a trajetória do
dólar”, explica. Donald Trump sinalizou também estar disposto a conversar com o
presidente chinês, Xi Jinping.Outro fator determinante foi a expectativa em
torno das próximas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), que
deve manter a trajetória de alta na taxa Selic. Na Ata do
Copom divulgada hoje, a sinalização do Comitê é de que mais uma alta de 1 ponto
percentual. Segundo Cristiane Quartaroli, economista do Ouribank, esse
movimento contribui para a valorização do real. “Com juros elevados no Brasil e
sem grandes ruídos políticos, o fluxo de entrada de capital aumenta,
favorecendo o real”, afirma.
No acumulado de 2025, o dólar já caiu cerca de 6% frente ao real. Especialistas apontam que a continuidade dessa tendência dependerá da evolução das políticas comerciais dos EUA, das decisões do Copom e da estabilidade econômica no Brasil.
Da Redação