Em entrevista ao SBT, o novo presidente da Câmara diz que prioriza diálogo e seguirá decisão da maioria dos deputados sobre o PL da Anistia
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e a repórter do SBT Brasil, Soane Guerreiro | Foto: ReproduçãoEm entrevista ao SBT, na noite desta terça-feira (4), o novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), reforçou que a pacificação será o eixo central de sua gestão. O parlamentar destacou a importância de evitar instabilidades políticas, como processos de impeachment, e garantir o equilíbrio entre os Poderes para o bom funcionamento da democracia.
"A pacificação é o melhor remédio para que
cada Poder consiga trabalhar", afirmou Motta, ressaltando que buscará um
ambiente de diálogo em sua gestão.
Questionado sobre os pedidos de impeachment já protocolados
na gestão do ex-presidente da Câmara Arthur Lira, Motta foi enfático ao
defender a estabilidade política. Ele argumentou que o Brasil já enfrenta
muitos desafios e que um processo de impeachment poderia gerar traumas e
alterar cronogramas importantes. "O Brasil já tem muitos problemas para
criarmos mais instabilidade política. Toda construção que leva ao
impeachment de um presidente deixa traumas e altera cronogramas. Se pudermos
evitar instabilidade, será o melhor para o país", declarou.
O presidente da Câmara reforçou que sua gestão não
buscará criar obstáculos adicionais ao governo, mas sim trabalhar pela
harmonia entre os poderes. "Não vamos resolver problemas gerando mais
problemas. Isso não é bom para o país. Vamos atuar sempre em favor da
estabilidade e em matérias que não venham a trazer estremecimentos entre os
poderes", completou.
Ele também destacou que o respeito à Constituição
será a base de sua atuação. "A Constituição será nossa bússola
para dizer o que entendemos ser bom para o país. Os poderes devem ser
independentes e harmônicos, trabalhando em prol de quem precisa, que é a
população", afirmou.
Sobre o Projeto de Lei (PL) da Anistia, Hugo Motta afirmou que, como presidente da Câmara, seguirá a decisão da maioria dos deputados, reforçando a soberania da Casa.
Da Redação