Em novembro do ano passado, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi interrogado pelo ministro do STF
Pressionado, o tenente-coronel prestou depoimento diretamente
ao ministro do STF
(Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Mauro Cid ficou
frente a frente com o ministro na sala de audiências do STF e foi questionado
sobre “contradições” em oitivas anteriores.
Moraes foi direto ao ponto: “Quero os fatos, por isso que eu
marquei essa audiência. Eu diria que é a última chance do colaborador dizer a
verdade sobre tudo.”
Àquela altura, a PGR (Procuradoria-Geral da República) já
havia se manifestado a favor da prisão preventiva de Mauro Cid. O
tenente-coronel foi avisado que, se não colaborasse, sairia da audiência preso.
“Eventuais novas contradições não serão admitidas”, antecipou Moraes.
O ex-ajudante de ordens, então, deu detalhes sobre o
envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro no plano de golpe. Bolsonaro
e 33 aliados foram denunciados nesta terça-feira (18). A PGR aponta o
ex-presidente como o líder de uma organização criminosa armada.
As revelações de Mauro Cid deixaram os investigadores
satisfeitos. A Procuradoria-Geral da República recuou do pedido de prisão
preventiva. Ao final da audiência, Moraes tranquilizou a defesa: “A delação
permanece hígida”.
Da Redação